Num comício que encheu o Fórum Machico e que foi precedido por um contacto com a população no centro daquela cidade, António Costa deixou uma saudação especial ao líder do PS/Madeira, desejando-lhe “as maiores felicidades” e expressando “todo o apoio de todos os socialistas” à sua candidatura a presidente do Governo Regional da Madeira.
Reconhecendo que não é fácil ser socialista na Madeira, António Costa dirigiu uma saudação especial a todos e assegurou que, “como em todas as horas, está aqui a apoiar esta luta do PS na Região”.
O líder nacional do PS salientou o empenho, a honra e orgulho com que os socialistas madeirenses sempre se apresentaram a cada eleição e deixou um repto para o desafio eleitoral de 24 de setembro: “Com toda a confiança, com toda a energia, com toda a determinação e com muita alegria partam para esta nova campanha eleitoral com a ambição de sempre, servir os madeirenses e servir a Madeira”.
Depois de salientar o papel das Autonomias enquanto instrumento de desenvolvimento dos territórios insulares, António Costa lembrou os momentos em que a República, governada pelo PS, mostrou solidariedade para com a Região, desde as verbas para a conclusão do aeroporto da Madeira, a Lei de Meios na sequência do temporal de 20 de fevereiro, a garantia do helicóptero de combate a incêndios, quando antes se dizia que não era possível, e também a comparticipação de 50% do valor da construção e equipamentos do novo hospital. E quando tal acontece, sublinhou, “não é para que nos agradeçam”. “Estamos cá para servir os madeirenses”, disse, afiançando que “a Madeira pode continuar a contar com a República e com o PS, como sempre contou e sempre contará sempre que for necessário”.
O Secretário-Geral socialista e primeiro-ministro aproveitou para evidenciar a trajetória de crescimento económico do país, que se tem verificado com o Governo por si liderado, fazendo menção à valorização dos salários e dos rendimentos dos portugueses e dando conta das políticas dirigidas aos jovens e ao setor da habitação.
“Governar bem na República significa também governar bem para os madeirenses”, vincou.
Sérgio Gonçalves quer fazer da Madeira “uma terra de oportunidades para todos”
No comício, o candidato à presidência do Governo Regional apontou o firme propósito de mudar a Madeira e fazer da Região uma terra de oportunidades para todos, bem como ao de aprofundar a Autonomia, colocando-a ao serviço de todos.
Sérgio Gonçalves afirmou que a Autonomia não é propriedade de um partido ou de um governo, mas sim de todos os madeirenses. “Muito menos é propriedade de quem diz uma coisa na Região e outra na Assembleia da República”, disparou, lançando farpas à condução política do PSD.
Perante uma sala repleta, o presidente do PS/Madeira elencou as razões pelas quais se afigura urgente concretizar a alternância governativa, começando por criticar o facto de o Governo de Miguel Albuquerque ter deixado um legado de pobreza, colocando a Madeira como uma das regiões com o mais alto índice de risco de pobreza e exclusão social, com os rendimentos médios mais baixos do país, graves problemas no acesso à habitação e um sistema de saúde que não dá as respostas necessárias à população.
“Já não há desculpas”, disse, criticando a governação de quase 50 anos que não foi capaz de resolver os problemas dos madeirenses. “Eu quero uma Madeira de oportunidades, onde quem cá nasce possa cá viver e trabalhar. Nós queremos construir uma Madeira melhor e temos as soluções para construirmos essa Madeira melhor”, asseverou.
Sérgio Gonçalves constatou também o facto de o executivo regional ter vindo a negligenciar a habitação e só agora, graças às verbas do PRR, construir 800 habitações, ainda assim insuficientes para responder às necessidades. Perante as dificuldades que os madeirenses têm para aceder à habitação, com os jovens sem poderem comprar ou arrendar casa e a classe média estrangulada com os juros dos empréstimos, o candidato do PS atacou ainda o facto de Miguel Albuquerque preferir gastar 150 milhões de euros no prolongamento da Pontinha, valor que dava para construir mais 800 ou 900 casas. “É por isso que nós temos de mudar”, frisou.
O líder socialista madeirense comprometeu-se também com a gratuitidade da escolaridade obrigatória, fazendo com que nenhum aluno até ao 12º ano tenha de pagar pelos manuais, transportes e alimentação, com o apoio de 3 milhões de euros por ano à Universidade da Madeira e um complemento ao alojamento de até 200 euros mensais para alunos universitários deslocados.
Por outro lado, disse que o Governo do PS irá fazer uso dos poderes que a Autonomia confere à Região, garantindo que irá baixar o IRS e o IVA até ao máximo permitido por lei “já no primeiro orçamento regional”. Como vincou, isto é possível e só não é uma realidade porque o PSD e Miguel Albuquerque não querem. “O presidente do Governo disse que, a continuar em funções, não baixará o IVA. Comigo será diferente”, afiançou.
Sérgio Gonçalves adiantou que onde o PS governa as pessoas vivem melhor e deu o exemplo do Porto Moniz, de Machico e da Ponta do Sol, cujas câmaras são lideradas por socialistas. Afirmou, por isso, que falta mudar a Madeira “para acabar com este Governo incapaz, um governo agarrado a tachos e a obras desnecessárias, que já não serve há muito tempo os madeirenses”.
Disse ainda, a finalizar, que no dia 24 é dia de fazer a escolha “entre o mesmo de sempre, quem nos governa há quase 50 anos, com todos estes vícios, ou o PS, que quer fazer da Madeira uma terra de oportunidades, com menos impostos, mais salários, mais habitação, melhor saúde e oportunidades para todos”.