O Governo do PS, tal como António Costa teve ocasião de garantir por diversas vezes, antes e durante a campanha eleitoral, não pretende, no âmbito da preparação do próximo ciclo político, deixar de ouvir os diversos representantes da sociedade civil, estando agendada para esta quarta-feira, dia 9 de fevereiro, a primeira ronda de trabalho, recebendo a presidente do Conselho das Finanças Públicas e a representação do Conselho Nacional de Saúde.
Encontros que se estenderão, no dia seguinte, aos setores da educação e da ciência, reunindo o líder socialista e primeiro-ministro com o Conselho Nacional de Educação, o Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
Na sexta-feira, dia 11, têm lugar reuniões com o Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e com o Conselho Nacional da Juventude, prosseguindo as rondas de trabalho, na segunda-feira, dia 14, com os representantes do setor social e solidário, nomeadamente a União das Misericórdias Portuguesas, a União das Mutualidades Portuguesas, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e a Confederação Cooperativa Portuguesa. Também para segunda-feira, estão marcadas reuniões com o Conselho Nacional das Confederações Patronais, a UGT, a CGTP e o presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis.
Aguardadas com mais expectativas são as reuniões que António Costa manterá, na residência oficial de São Bento, no dia 15, com os partidos com assento parlamentar, Livre, PAN, BE, PCP, IL e PSD, excluindo-se, como foi anunciado na noite eleitoral, qualquer encontro com o partido da extrema-direita, o Chega.
Maioria de diálogo
No passado dia 30, logo após a confirmação de vitória nas eleições legislativas, António Costa tinha já anunciado que o PS não deixaria de promover o diálogo, não só com todos os partidos parlamentares, “à exceção do Chega”, como com os restantes representantes da sociedade civil, com o líder socialista a lembrar, a este propósito, que em “democracia ninguém governa sozinho”.
Na ocasião, António Costa deixou ainda a garantia de que a maioria absoluta do PS “será necessariamente uma maioria de diálogo”, agora “com o dever acrescido”, pela responsabilidade que os portugueses lhe deram, de ter que “interpretar o mandato que lhe foi conferido”, sustentado num diálogo “aberto e ativo” com os restantes partidos com assento parlamentar e com os representantes da sociedade civil, ao longo de toda a legislatura.