António Costa homenageou memória do Roberto Ivens
A cerimónia teve lugar a bordo da fragata Bartolomeu Dias, na zona onde o caça-minas desapareceu, a cerca de quatro milhas náuticas a sul do forte do Bugio, onde foi lançada uma coroa de flores e disparados três tiros de salva.
“Podemos finalmente prestar a homenagem devida aos tripulantes”, disse António Costa, na presença de alguns familiares dos 15 tripulantes desaparecidos, acrescentando que quando se cumprem cem anos “deste momento trágico, é nosso dever e obrigação não permitir que sobre eles desça um manto de esquecimento”, prestando homenagem aos militares portugueses.
“Como há cem anos, como desde a fundação da nacionalidade, as nossas Forças Amadas aqui continuam e como sempre assegurando a independência e a integridade do território nacional. Ao honrar as memórias daqueles que pereceram ao serviço da pátria, elogiamos aqueles que continuam a servir a nossa nação”, sublinhou.
Estima-se que durante a I Grande Guerra tenham sido colocadas cerca de 100 minas na zona do porto de Lisboa. Na ausência de unidades navais dedicadas, Portugal, a exemplo de outros países, requisitou às empresas pesqueiras 9 arrastões, adaptando-os para missões de deteção e rocega das minas. O antigo arrastão Lordelo foi uma dessas embarcações, batizado como Roberto Ivens, em homenagem ao oficial da marinha e explorador português do século XIX. Em 26 de julho de 2017, realizou a sua derradeira missão ao colidir com uma mina, resultando no desaparecimento de 15 dos seus 22 tripulantes.