“Estamos a viver uma das crises políticas mais perigosas da nossa democracia, porque é uma crise política que se soma uma crise pandémica. Uma crise que foi aberta exatamente no momento em que estavam reunidas todas as circunstâncias para virar a página desta pandemia, prosseguindo com políticas económicas que têm garantido crescimento, emprego e justiça social”, declarou o líder socialista, considerando fundamental que os eleitores votem, seja “antecipadamente, no dia 23, ou, normalmente, no dia 30”.
As inscrições para o voto antecipado em mobilidade abriram neste domingo, podendo ser feitas até ao dia 20, tendo António Costa aproveitado para se inscrever e poder votar já no próximo domingo, no Porto, no Pavilhão Rosa Mota, num dia em que estará em campanha eleitoral entre os distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo.
“Mas todos temos de votar. O voto é um ato coletivo e é dos momentos mais bonitos da democracia. O momento em que cada uma e cada um dos cidadãos pode dizer o que deseja para o futuro da nossa pátria”, reforçou, na sua mensagem.
António Costa referiu também as novas condições que estão preparadas para o voto antecipado em mobilidade, de forma a evitar que haja grandes filas de espera e aglomeração de pessoas.
“Todos os municípios estão a fazer um grande esforço para aumentar o número de mesas de voto disponíveis, de forma a garantir que o maior número possível de pessoas se possa inscrever para poder votar antecipadamente no dia 23. As pessoas que não puderem votar no dia 23 podem fazê-lo no dia 30. É fundamental que cada um dos portugueses se junte nesta grande mobilização para termos uma democracia de progresso votando nas próximas eleições”, acrescentou.
Credibilidade não se afirma “com graçolas” e desinformação
António Costa aproveitou ainda, na abertura oficial de campanha, que o levou aos Açores, para responder a uma publicação do presidente do PSD sobre o voto em mobilidade e como o mesmo é contabilizado, observando que um político não afirma a sua credibilidade “com graçolas”, sobretudo quando geram desinformação aos eleitores.
“O dr. Rui Rio tinha obrigação de saber o que era o voto antecipado. Se resolveu disfarçar o seu desconhecimento como tendo sido uma graçola, pronto é uma graçola. Não creio, propriamente, que um político afirme a sua credibilidade com graçolas. A nossa credibilidade afirma-se procurando responder com seriedade aos problemas sérios do país”, sustentou.
Lembrando que, independentemente do circulo onde se esteja a exercer o voto no dia 23, este “é contabilizado no local onde estamos recenseados”, o Secretário-geral do PS salientou que “é dever dos políticos não só transmitir aos cidadãos este apelo à participação eleitoral, como também eles próprios darem o exemplo”.
Na modalidade de voto antecipado em mobilidade, os eleitores podem votar num local à sua escolha, entre as 2.600 secções preparadas para o efeito, em qualquer município do continente ou das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Para o fazer, têm de comunicar a sua intenção através de meio eletrónico em www.votoantecipado.mai.gov.pt ou por correio enviado para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Caso se inscrevam para votar antecipadamente em mobilidade e acabem por não o fazer, os eleitores podem sempre exercer o direito de voto na data oficial das eleições, 30 de janeiro, no local onde se encontram recenseados.