António Costa expressou reconhecimento aos profissionais do SNS e garantiu apoio total do governo
O primeiro-ministro, António Costa, visitou hoje durante duas horas o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, um dos hospitais de referência para a resposta à pandemia de Covid-19, tendo reunido com o Conselho de Administração e visitado o Serviço de Doenças Infecciosas, bem como o centro de testes desta unidade hospitalar.
Acompanhado pela ministra da Saúde, o líder do Executivo afirmou que foi exprimir o seu “profundo reconhecimento e o reconhecimento de todos os portugueses aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde, e designadamente aos que trabalham aqui, por todo o esforço que têm feito, pelos enormes sacrifícios que isso tem imposto à sua própria vida”.
Na visita, António Costa e Marta Temido quiseram inteirar-se, no terreno, de quais são os desafios que os profissionais da unidade hospitalar sentem no dia-a-dia, do apoio de que precisam, quer da administração do hospital, quer do Governo, numa unidade que tem sido, como salientou o líder do Executivo, “desde o primeiro minuto, o hospital de primeira linha para enfrentar esta pandemia”.
“Este hospital está preparado para se tornar um hospital dedicado exclusivamente à Covid-19, centralizando não só os doentes de Covid-19, como doentes com outras patologias, mas que tenham também Covid, que estejam noutros hospitais da região de Lisboa”, disse António Costa, referindo-se à separação de resposta operacional que começará a ser feita nos próximos dias.
Aferindo da capacidade de resposta do hospital e do seu eventual alargamento, caso a evolução da pandemia o venha a justificar, o primeiro-ministro reafirmou a garantia, da parte do Governo, de “todo o apoio para que os profissionais do SNS possam prosseguir, nas melhores condições, o desempenho das suas funções”.
Apelo aos cidadãos para manterem as regras
Acompanhado pelo diretor do serviço de infecciologia do hospital, Fernando Maltês, António Costa insistiu na mensagem de que aquilo que o Serviço Nacional de Saúde mais precisa é que as pessoas mantenham as regras de afastamento físico, de lavagem frequente das mãos e da etiqueta respiratória.
“Mantenhamos todos o estado de emergência, a contenção, o isolamento social e a enorme disciplina que temos tido e que temos de ter cada vez mais para evitar a expansão da pandemia. Essa é a chave disto tudo. Antes do número de ventiladores nos cuidados intensivos, antes do número de camas para internamento, antes dos testes, acima de tudo temos de ter uma enorme disciplina”, sustentou António Costa, sublinhando que “esse é o grande desafio que nós temos”.
Se as regras forem cumpridas, reforçou, “essa é a melhor ajuda que se poderá dar para que não faltem testes, equipamentos, camas e os profissionais possam desempenhar o seu trabalho”.
DGS agrega informação e “não produz números”
O líder do Governo fez também referência aos registos de doentes com Covid-19, para explicar que a Direção Geral de Saúde (DGS) agrega a informação inscrita no sistema pelos profissionais do setor e “não produz números”.
“Cada médico faz a inscrição numa plataforma comum dos casos que identifica, essa é a origem. Os números da DGS são simplesmente a agregação dessa informação descentralizada, a DGS não produz números, agrega os números que lhe são transmitidos por todos e publica-os”, esclareceu, recordando que o procedimento sobre os registos é conhecido, pelos partidos e pelo Presidente da República, correspondendo aos “números credíveis com que podemos trabalhar”.