Num comício em Portalegre de apoio ao candidato socialista à Câmara Municipal, Luís Moreira Testa, António Costa fez questão de começar a sua intervenção elogiando o empresário Rui Nabeiro, um exemplo, como salientou, que deve “inspirar os autarcas no seu percurso”, lembrando que não é pelo facto de o Grupo Delta Cafés se situar numa região do Interior que impediu a empresa de ser hoje uma referência não só no país, mas em “toda a Europa e em todo o mundo”.
Depois de recordar alguns dos primeiros passos do tempo em que o jovem Rui Nabeiro andava abnegadamente, “de porta em porta”, numa velha carrinha a vender o seu café, o líder socialista foi perentório ao defender que “foi mesmo essa força e esse sonho de fazer” que fez com que hoje Campo Maior e o Grupo Delta “sejam o que são e o nosso comendador seja o exemplo que é para todos nós”.
Um percurso de luta e de apego que, segundo António Costa, pode e deve servir de exemplo “à vida dos autarcas”, um paradigma repleto de “força e energia” que, segundo António Costa, tem todo um paralelo com a vida do autarca que deve estar primordialmente focada para “viver para os cidadãos” e receber deles a confiança para “continuar a lutar para fazer aquilo que é necessário fazer”.
“E nós precisamos muito da energia, combatividade e determinação de autarcas como Luís Moreira Testa”, afirmou ainda António Costa.
O candidato socialista à presidência da autarquia, por seu lado, saudou também o exemplo “inspirador” do comendador Rui Nabeiro e fez um apelo a uma grande mobilização até domingo, para voltar a fazer de Portalegre um “concelho capital”.
“Portalegre tem que ser líder do distrito, tem que ser líder da região, tem que ser líder da nossa força transfronteiriça”, capaz de criar riqueza, “ambicionar mais e querer mais”, afirmou Luís Moreira Testa.
“Se escolhermos bem, temos mais”
Pouco antes da intervenção do Secretário-geral do PS, Rui Nabeiro não teve dúvidas em afirmar que se sente ainda “um jovem de 90 anos”, que é do PS “como o meu pai o era”, destacando ter uma “grande alegria e gratidão” por ter acompanhado a comitiva de António Costa, “apesar de não ser contra ninguém”, garantindo que vive “para as pessoas e para a sua terra”, o que não o impede de estar sempre vigilante e disponível para “qualquer região do nosso país”.
Na sua intervenção o destaque vai também para o apelo que fez no sentido de no domingo ninguém deixar de “depositar o seu voto” para as eleições autárquicas, lembrando que se “escolhermos bem, temos mais, mas se escolhermos diferente, com certeza que teremos menos”.