António Costa enalteceu função única da televisão pública

Primeiro-ministro visita RTP nos sessenta anos da televisão

A RTP tem uma função única na “promoção da criação cultural e na preservação do património histórico”, afirmou o primeiro-ministro no dia em que a televisão pública comemora sessenta anos.

Em dia de aniversário e de lançamento do novo arquivo digital, o primeiro-ministro enalteceu o trabalho de todos os que ao longo de seis décadas trabalharam e trabalham hoje na RTP, lembrando que o Governo que lidera “é o primeiro” que não determinou “nem mudança da administração, nem das direções da RTP”, mas de tutela.

António Costa referiu depois a importância e a “função única” que a televisão pública tem tido na defesa da língua, que classificou como sendo um idioma “global” e com “projeção por todos os continentes”, sustentando que o facto de a RTP ser hoje tutelada pelo ministro da Cultura decorre da visão, como realçou, “daquilo que deve ser a RTP, enquanto serviço público”.

Quanto ao lançamento do novo arquivo histórico, o primeiro-ministro congratulou-se que este património esteja já disponível e acessível a todos os cidadãos, que em suas casas e através da Internet podem passar a consultar mais de 6500 conteúdos da RTP, sendo esta, como realçou, uma razão acrescida que justifica que o serviço público de televisão seja hoje um bem “cada vez mais necessário”.

Recorde-se que o novo arquivo, que a RTP tornou acessível aos portugueses, contém mais de 6500 programas produzidos desde 1936, sendo que a meta estabelecida pela atual administração, liderada por Gonçalo Reis, é que até 2018 o espólio possa crescer e passe a disponibilizar cerca de 70 a 80 mil programas.

Para António Costa o arquivo digital assume uma “elevada importância” para o conhecimento e estudo da História de Portugal nos últimos 60 anos, sendo igualmente determinante, como referiu, para “todos os portugueses” que “quiserem matar saudades” dos seus programas favoritos das décadas de 70 ou 80.

Mudanças são positivas

Também o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes se associou a este aniversário, afirmando que a transformação que tem sido operada na RTP, “com uma maior ousadia em termos culturais”, não só corresponde “à vontade do Governo”, como vai ao encontro do que deve ser um verdadeiro serviço público de televisão.

Castro Mendes referiu-se ainda à Televisão Digital Terrestre (TDT), lembrando que dois dos quatro canais abertos já foram ocupados pelo serviço público, sendo que os restantes dois que falta preencher “estão abertos aos privados”, sendo que o concurso avançará “quando estiveram reunidas as condições para tal”.

In Acção Socialista Digital