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António Costa enaltece “trabalho excecional” das Forças Armadas na resposta à pandemia

António Costa enaltece “trabalho excecional” das Forças Armadas na resposta à pandemia

O primeiro-ministro, António Costa, elogiou hoje o papel das Forças Armadas no quadro do combate à pandemia de Covid-19, realçando que essa resposta “excecional” vem na linha e honra o que já era “um registo histórico absolutamente notável de empenhamento no apoio às populações”.

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António Costa, 47º aniversário da criação do EMGFA

As palavras de António Costa foram proferidas por ocasião da cerimónia do 47º aniversário da criação do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), a que o líder do executivo presidiu, no Instituto Universitário Militar, em Lisboa.

“Sendo porventura cedo para fazer o balanço definitivo de uma pandemia que, não obstante estar controlada, vai continuar a exigir a vigilância atenta das populações, das autoridades de saúde e dos governos à escala planetária, não podia deixar de aproveitar a ocasião do dia do EMGFA para enaltecer o trabalho excecional das forças armadas na resposta a este desafio”, acentuou.

Esse papel, acrescentou, foi mais visível no apoio ao planeamento e coordenação do processo de vacinação, mas não menos importante em todas as tarefas que foram solicitadas aos militares portugueses, que “calou fundo no coração dos portugueses”.

Reforma das FA é para implementar com “energia e determinação”

Na sua intervenção, o líder do Governo apontou, ainda, que o quadro do combate à pandemia veio também demonstrar a oportunidade da reforma aprovada para as Forças Armadas, reforçando o seu papel e a sua relação com o poder político num Estado moderno.

“A importante reforma legislativa, aprovada neste verão por uma ampla maioria parlamentar, consagra o imperativo de reforçar as estruturas de comando conjunto das Forças Armadas e a sua capacidade de resposta operacional”, disse António Costa.

Na opinião do chefe de Governo, esta reforma constituiu um aperfeiçoamento da legislação de 2014 e 2009 e tem como antecedente ainda mais antigo a Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas de 1982, fundadora da “relação que tem de existir num Estado moderno entre as forças armadas e o poder político democraticamente eleito”.

“Ultrapassada uma fase de debate e de elaboração conceptual, a reforma agora aprovada tem simplesmente de ser implementada com a energia, a determinação e a flexibilidade que são a imagem de marca das forças armadas portuguesas”, declarou o primeiro-ministro.

António Costa destacou também, na sua intervenção, o “grande esforço de adaptação e criatividade” das Forças Armadas que, para além da pandemia, empenharam-se diariamente, com centenas de militares, “um pouco por todo o mundo”, mantendo “as suas outras operações e missões dentro e fora do território nacional, no âmbito das Nações Unidas, da NATO, da União Europeia e noutros formatos de cooperação bilateral e multilateral”.

Entre as várias medidas já tomadas ou em curso na área da Defesa Nacional, António Costa destacou “a criação de um quadro permanente de praças num ramo das forças armadas, a aquisição de equipamentos com ciclos de vida longos como o avião de transporte aéreo estratégico KC390, a edificação de uma moderna capacidade de patrulhamento oceânico, ou o investimento em viaturas táticas ligeiras ou blindadas, têm efeitos estruturantes muito para além daquela que é normalmente a longevidade de um conceito estratégico”.

A Lei de Programação Militar (LPM) – aprovada em 2019 “com amplo apoio parlamentar” – foi outra das iniciativas destacadas pelo primeiro-ministro, a qual prevê “um investimento total de 4 mil e 700 milhões de euros”, permitindo, assim, “o maior plano de reequipamento das Forças Armadas das últimas décadas”.

Trata-se de um plano cuja execução, segundo António Costa, já está “a provocar a transformação e modernização que esteve na base da sua aprovação”, uma vez que, em 2020, “a despesa efetivamente executada no quadro da LPM foi de 371,9 milhões de euros, o valor mais elevado desde 2015”.

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