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António Costa enaltece “carácter extraordinário” de um político “de roturas” e pioneiro na aliança da esquerda

António Costa enaltece “carácter extraordinário” de um político “de roturas” e pioneiro na aliança da esquerda

“Sob aquela capa fleumática, quase britânica, a verdade é que há qualquer coisa de emotivo” na personalidade de Jorge Sampaio. Foi desta forma eloquente que o Secretário-geral do PS, António Costa, se referiu ao ex-Presidente da República e militante socialista no dia em que Sampaio comemorou 80 anos de vida.

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António Costa enaltece “carácter extraordinário” de um político “de roturas” e pioneiro na aliança da esquerda

Deixando implícito que por vezes as aparências enganam, o Secretário-geral do PS começou por recordar que Jorge Sampaio apesar de dar de si uma imagem “fleumática, quase britânica”, que é bem a representação do seu “carácter extraordinário”, sempre foi um homem de ruturas que a coberto de uma certa tranquilidade aparente foi capaz de “dirigir a crise académica de 1962” em pleno Estado Novo, de se candidatar a Secretário-geral do PS e à Câmara Municipal de Lisboa, tendo na altura afirmado de forma “absolutamente pioneira” ser “este o momento de a esquerda se unir”, iniciativa que tomou sem nunca ter “consultado o partido”, mostrando sempre uma enorme independência e de que “há qualquer coisa de eruptivo na sua personalidade”.

Para o líder socialista, Jorge Sampaio, que chegou ao fim da tarde ao Largo do Rato acompanhado pela sua mulher, Maria José, apesar de ter todo o direito de estar simplesmente a “gozar a tranquilidade da vida”, depois de ter terminado os dois mandatos presidenciais, “insistiu no sobressalto” continuando como um militante destacado em “defesa dos direitos do homem, da democracia e da liberdade”, uma escolha que lhe tem acarretado, ainda hoje, “não a tranquilidade merecida mas a intranquilidade de sempre”, aludindo aqui António Costa ao envolvimento do ex-Presidente da República na causa do apoio aos estudantes sírios refugiados em Portugal.

Na festa de homenagem dos 80 anos de Jorge Sampaio, que ontem decorreu nos jardins da Sede Nacional do PS, para além de António Costa, do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, do líder parlamentar e presidente do partido, Carlos César, da Secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, e de muitas figuras históricas dos socialistas como Jorge Coelho, Vera Jardim, Manuel Alegre, Correia de Campos, António Reis, Vital Moreira, Alberto Arons de Carvalho ou João Cravinho, entre outros, e de alguns dos atuais ministros do Governo do PS, casos de Pedro Nuno Santos, Tiago Brandão Rodrigues, Mariana Vieira da Silva, João Pedro Matos Fernandes, Francisca Van Dunem ou João Gomes Cravinho, marcaram ainda presença largas dezenas de amigos do ex-Presidente e antigos elementos que consigo trabalharam durante dez anos em Belém, como Manuel Magalhães e Silva, João Gabriel, José Manuel dos Santos, Pedro Reis e Bernardo Futscher Pereira.

Antes do líder socialista e de Jorge Sampaio terem usado da palavra, foi lida uma mensagem de parabéns do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que em 1992 lhe sucedeu na liderança do PS.