António Costa elogia trabalho de preservação da memória coletiva
“Este trabalho de preservação da memória histórica da ditadura em Portugal, da revolução, da consolidação da nossa democracia e da integração europeia – este fio condutor – é de uma enorme importância”, sublinhou António Costa, no final de uma visita ao espaço onde funciona a associação, na antiga zona industrial do Barreiro, acompanhado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e pelo presidente da autarquia do Barreiro, o socialista Frederico Rosa.
Lembrando a amizade que desenvolveu com Pacheco Pereira, o primeiro-ministro salientou a sua “elevada qualidade” como historiador, trabalho do qual destacou a biografia sobre Álvaro Cunhal, a par de “uma capacidade militante para recolher tudo, sejam documentos clandestinos, sejam objetos de campanhas autárquicas” e de um “gosto ilimitado” pela preservação da memória, de que é exemplo o trabalho documental que se pode testemunhar neste espaço.
A ‘Ephemera’ é uma associação cultural sem fins lucrativos, com 150 voluntários dedicados à preservação e divulgação de elementos diversos que caracterizam ou simbolizam uma determinada época histórica, sobretudo no plano nacional, guardando no seu espaço, entre o ser vasto acervo documental, centenas de cartazes de partidos políticos do pós-25 de Abril de 1974, assim como largos milhares de materiais diversos de propaganda política.