“Os próximos anos vão ser decisivos para o país. É necessário mobilizar todas as energias e forças da administração central e local, das empresas, dos trabalhadores e do setor social para recuperar e reconstruir o nosso país. Com a chance que hoje temos, podendo dispor de recursos disponibilizados pela Europa para podermos ir mais rápido e mais além”, salientou António Costa, durante a sessão de apresentação pública da recandidatura de Inês de Medeiros à presidência da Câmara Municipal de Almada.
Na emblemática Rua Capitão Leitão, em frente aos Paços do Concelho de Almada, o líder socialista e primeiro-ministro lembrou os fundos que vão entrar no país através do Plano de Recuperação e Resiliência, referindo que o município almadense está já a posicionar-se para tirar partido deste novo quadro.
“Almada é aliás um bom exemplo disso porque foi o primeiro concelho do país a apresentar a sua estratégia local de habitação para responder às carências das famílias do concelho. Neste momento, com as oportunidades que os novos fundos possibilitam, Almada pode ir mais além e por isso está a rever já a sua estratégia local de habitação para poder responder a mais famílias do que tinha inicialmente previsto”, salientou.
António Costa revelou também, na ocasião, que a extensão do Metro Sul do Tejo da Universidade até à Costa de Caparica será uma realidade em breve, anúncio que arrancou muitos aplausos dos apoiantes da recandidatura de Inês de Medeiros e dos almadenses que marcaram presença no evento.
“Almada e a Inês bateram-se muito por uma obra que vai ser consagrada no próximo quadro plurianual dos fundos comunitários, que é a extensão da linha do Metro da Universidade até à Costa de Caparica, servindo não só a Costa, mas permitindo infraestruturar uma região desaproveitada, abandonada e que tem uma localização de excelência que vai ser seguramente um dos grandes polos de modernização do país, que é o Innovation District”, acrescentou o líder socialista, aludindo ao projeto que terá como epicentro o campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Numa sessão que contou também com as intervenções de Inês de Medeiros, do presidente da Federação de Setúbal do PS, António Mendonça Mendes, e do presidente da Concelhia do PS de Almada, Ivan Gonçalves, o Secretário-geral socialista lembrou que os efeitos nefastos da pandemia ainda se fazem sentir, em Portugal e no mundo, tendo causado “uma profunda crise económica e social” e exposto fragilidades em setores fundamentais como os da saúde e da educação.
Razões que, no entender de António Costa, destacaram mais ainda a relevância dos serviços públicos e da resposta que prestaram aos portugueses, do mesmo modo que o desafio que o país tem pela frente exige uma enorme congregação de esforços, também ao nível do poder local.
“Para remarmos todos para o mesmo lado, temos de ter autarcas que não têm medo da descentralização, de assumir e partilhar as responsabilidades. Porque sabemos que é dessa forma que se muda a vida das pessoas”, concluiu o Secretário-geral do PS.