António Costa elogia escolha de Mário Soares para patrono do Colégio da Europa

O Colégio da Europa, instituto universitário independente de estudos europeus de pós-graduação fundado em 1949, com sede em Bruges, na Bélgica, anunciou na passada sexta-feira que Mário Soares será a figura de referência, como patrono, do próximo ano académico 2020/2021.

“A escolha de Mário Soares para patrono da promoção 2020/2021 é uma honra para Portugal e inspirará a presidência portuguesa a reforçar a União Europeia pela qual Mário Soares se bateu: Um espaço de liberdade e democracia, uma comunidade de valores e prosperidade partilhada”, assinalou António Costa.

Mário Soares é o primeiro português a receber esta distinção, em reconhecimento da sua contribuição para o projeto europeu e como figura maior da Europa contemporânea.

A preservação do legado histórico e da memória cívica dos principais promotores do projeto europeu, em que inclui Mário Soares, constitui um dos eixos mais visíveis da matriz humanista, europeísta e solidária que o Colégio da Europa visa promover.

Estímulo às novas gerações

A Fundação Mário Soares fez saber, também, que irá associar-se em colaboração com a instituição europeia, “com o objetivo de estimular as novas gerações para a defesa e a promoção de uma cidadania ativa e de um compromisso social apostado em princípios e práticas de tolerância, solidariedade, justiça, igualdade e reconciliação, inspirados pela vida, a ação e a obra de Mário Soares”, recordando a propósito, as palavras proferidas pelo antigo chefe de Estado e de Governo português na abertura do Ano Académico do Colégio da Europa, em 1977:

“Como europeu e como socialista creio firmemente na Europa. Sei que a ideia de uma Europa política, assente na comunidade de interesses e de objetivos e, sobretudo, no ideal da liberdade, representa um grande desafio. Não somente para nós, que vivemos o atormentado post guerra, mas para as novas gerações confrontadas com problemas planetários que põem em causa a sobrevivência da espécie humana. Desafio que vale o nosso empenhamento com determinação e coragem, para ultrapassar as nossas dificuldades económicas e sociais presentes e ainda como fator de equilíbrio entre blocos e superpotências rivais”.