António Costa elogia contributo e prestígio dos militares portugueses em missão no estrangeiro
António Costa encontrou-se, durante cerca de quatro horas, com o destacamento português ali aquartelado, tendo na ocasião realçado o “contributo muito positivo” das missões externas das forças militares portuguesas, considerando que muito têm contribuído ao longo dos últimos anos não só para garantir a “segurança coletiva”, ponto que identificou como vital para que as “ameaças sejam combatidas nos seus focos de origem”, mas também como “fator de prestígio internacional do país”.
Numa breve intervenção, o primeiro-ministro, que tinha a seu lado o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, fez questão de realçar o papel que considerou determinante de Portugal ao longo de nove séculos, por ter sido sempre capaz de “assegurar a independência nacional” e de nunca ter negligenciado a sua “capacidade de influência” para além das fronteiras nacionais, reforçando o papel “fundamental desempenhado pelas Forças Armadas e pelo conjunto das forças de segurança nacionais em missões externas”.
Reconhecendo que Portugal não enfrenta “nenhuma ameaça externa” em relação ao seu território nacional, António Costa nem por isso deixou de salientar que o país não está isolado do mundo, onde “há várias ameaças globais” que são “cada vez mais diversificadas”, destacando que antes as guerras “faziam-se entre Estados” e que agora “fazem-se entre Estados e grupos mais ou menos organizados”.
Antes de deixar a base de Besmayah, o primeiro-ministro fez ainda questão de sublinhar que a sua visita teve como objetivo “partilhar com as forças portuguesas destacadas no Iraque o espírito de Natal, deixando bem claro que não estão esquecidos em Portugal” e salientando que, pela parte do Governo português, “haverá todo o apoio a estas missões”.
“A presença das Forças Armadas portuguesas e também das forças de segurança nacionais nestas missões destacadas são da maior importância para afirmar a credibilidade externa do país e para termos uma participação ativa em organizações internacionais como as Nações Unidas ou a NATO, ou nas coligações que celebramos. É muito importante que o poder político dê um sinal inequívoco de apoio”, defendeu.
O 10º contingente nacional da operação internacional ‘Resolução Inerente’, uma coligação internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), integra 30 efetivos, incluindo três mulheres, provenientes de várias unidades da Brigada de Intervenção.