António Costa diz que primeiro-ministro se engana a identificar prioridades
António costa, disse ontem que o primeiro-ministro quer reduzir os custos com o trabalho, em vez de olhar para o problema do desemprego e precariedade têm na nossa sociedade.
“10% das pessoas que têm emprego e que trabalham estão abaixo do limiar de pobreza. Como é que perante esta realidade, o primeiro-ministro nos vem falar dos custos do trabalho?” afirmou.
“Portugal é dos países de toda a OCDE em que os trabalhadores mais suportam com impostos e com contribuições para a Segurança Social os custos de funcionamento do Estado. Perante esta realidade qual é a prioridade do primeiro-ministro? É preocupar-se com os baixos salários ou com a tributação dos trabalhadores? Não, é preocupar-se com os custos de trabalho como se fosse o grande problema”, sublinhou António Costa
O secretário-geral do PS esteve no Sobral de Monte Agraço num encontro com militantes e simpatizantes da zona Oeste, foi numa sala cheia que garantiu que se for eleito vai cumprir com as promessas que fizer aos portugueses, “Ninguém será chamado a votar no PS, sem que o PS possa garantir que cumprirá tudo aquilo que se comprometer a cumprir perante os portugueses. Nós não queremos repetir aquilo que outros fizeram perante aquilo que queremos fazer” disse.
“Nós temos de combater esta ideia de que o voto não vale a pena porque o voto nada muda. Não, o voto vale a pena e o voto pode mudar. E o que vai mudar, não é só mudar de governo, o que vai mudar é aquilo que é essencial mudar, que são as políticas que estão a ser seguidas e que têm de ser mudadas se queremos ter finanças públicas sãs, economia sã, um desemprego a ser reduzido e sobretudo a devolução da esperança e da confiança dos portugueses e das novas gerações no futuro de Portugal”, disse António Costa.
O secretário-geral do PS defende que o futuro do país depende do sucesso na criação de emprego para impedir que a mão-de-obra qualificada emigre, lembrou que “o nível de emprego está ao nível de há duas décadas atrás, a queda no investimento privado está ao nível da que havia em 1984, antes da adesão à CEE”, acrescentou ainda que ”a melhor marca do retrocesso é o da emigração, porque é preciso recuar a 1966 para se ter tantos portugueses a emigrar como os que emigraram em 2013”.