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António Costa deu exemplo e conselhos em visita à Saúde24

António Costa deu exemplo e conselhos em visita à Saúde24

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O primeiro-ministro, António Costa, visitou esta segunda-feira o centro da Saúde24, em Lisboa, onde pode observar o funcionamento da primeira resposta do serviço público de saúde ao coronavírus, tendo insistido numa mensagem de serenidade e na importância de seguir as recomendações da Direção-Geral de Saúde.

Acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, o primeiro-ministro falou com os enfermeiros que vão atendendo os telefonemas e com os responsáveis do centro, a quem foi colocando diversas perguntas sobre como tem sido o dia-a-dia dos profissionais ou os cuidados a ter.

No dia em que foram confirmados dois casos positivos de coronavírus em Portugal, António Costa transmitiu um elogio aos profissionais de saúde pelo trabalho efetuado, sugerindo aos portugueses que usem a linha Saúde24 se sentirem sintomas da doença.

“Hoje estou aqui simplesmente para felicitar o trabalho desenvolvido pela linha Saúde24, agradecer a todos os profissionais o trabalho que têm vindo a fazer e insistir na mensagem que todos temos que passar em caso de dúvidas ou, sobretudo, em caso de sentirmos algum sintoma. Aquilo que temos a fazer é ligar para 808 24 24 24 de forma a obter os conhecimentos que os profissionais competentes poderão dar”, afirmou. 

António Costa repetiu os conselhos dados tanto pela ministra como pela diretora-geral da Saúde, de que “a forma mais segura” que há de “evitar a generalização das situações de contaminação é mesmo ficar em casa e contactar a Linha Saúde24 e cumprir as instruções dos profissionais de saúde”. 

Ao lado da ministra Marta Temido e da diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, o próprio António Costa foi porta-voz dos cuidados a ter, antes ou depois de a pessoa estar infetada. 

São recomendações, disse, que “muitas vezes as pessoas acham tão simples que ficam na dúvida se é mesmo suficiente”, mas “quando se diz que é necessário lavar as mãos e que esse é o meio mais eficaz para prevenir o contágio e prevenir a contaminação de terceiros, é mesmo assim”. 

“Acho que todos devemos ser menos efusivos nos cumprimentos uns aos outros nos próximos tempos, sem que isso signifique falta de educação, mas simplesmente termos um comportamento responsável para com os outros”, acrescentou.

Direitos e garantias iguais para trabalhadores do público e privado

O primeiro-ministro afirmou ainda, à margem da visita, que o Governo vai assegurar que os trabalhadores dos setores público e privado que venham a estar de quarentena devido ao novo coronavírus tenham “tratamento igual”, através da publicação, ainda na segunda-feira, de uma portaria do Ministério do Trabalho para o efeito. 

“Aquilo que é garantindo a todos os profissionais, sejam do setor público sejam do setor privado, é que, em caso de ser necessário” uma pessoa “manter-se em casa”, será “acionado um mecanismo correspondente ao das baixas, de forma a que todos possam ter os seus direitos garantidos”, afirmou ainda.

O ministro da Economia, por seu turno, garantiu que todos os trabalhadores, seja do setor público ou privado, que tenham de faltar ao trabalho devido ao Covid-19, por determinação da autoridade de saúde, vão receber “integralmente” o rendimento, numa “baixa paga a 100% desde o primeiro dia”.

“O Governo vai considerar as ausências determinadas pela autoridade de saúde como uma baixa por internamento, paga a partir do primeiro dia. Será, portanto, uma baixa paga a 100%”, disse Pedro Siza Vieira, acrescentando que, com esta medida, os trabalhadores afetados não ficam sujeitos a qualquer perda de rendimento.