António Costa destaca reforço de medidas de controlo e reitera capacidade de resposta do SNS
O primeiro-ministro acompanhado pelo secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, que coordena a resposta do Governo à pandemia na região Norte, reuniu-se ontem com os presidentes das câmaras municipais do interior do distrito do Porto – Paços Ferreira, Felgueiras e Lousada – e com representantes das autoridades de saúde locais e reginais onde pode avaliar a realidade atual dos casos de Covid-19 no Vale do Sousa.
António Costa pegou nas palavras do presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, segundo o qual, mesmo levando em conta aquilo que é a previsão de aumento do número de pessoas infetadas na região nas próximas semanas, o SNS, disse António Costa, “terá toda a capacidade” de responder aos diversos casos, designadamente, como acrescentou, no que respeita aos internamentos em geral e às hospitalizações nos cuidados intensivos, em particular, dando como exemplo desta capacidade de resposta a oferta existente no hospital de Penafiel por ser a unidade de referência desta região com mais de meio milhão de habitantes.
Mesmo com as previsões a apontarem para o inevitável aumento da pandemia nesta região, o chefe do Governo deixou, contudo, a certeza de não haver necessidade de se levantar uma cerca sanitária no território, recordando que foram tomadas medidas para ajudar a conter a expansão da pandemia [a que se juntaram medidas específicas para os três concelhos, decididas já esta quinta-feira], que “tem origem em contágios iminentemente resultantes do convívio social” e não, como também garantem as autoridades de saúde da região, “em contexto laboral ou escolar”.
Fazer mais testes
Neste encontro com os autarcas do interior do distrito do Porto, o primeiro-ministro deixou ainda a garantia de que o Governo, em conjunto com as autoridades de saúde locais e com as autarquias, vai trabalhar de forma solidária para não só “aumentar a capacidade de testagem”, mas também para exponenciar os “inquéritos epidemiológicos” com o propósito claro, como referiu, de ajudar a identificar quem está infetado, mas também de se “cortar com as cadeias de transmissão”, um trabalho que visa ajudar a diminuir o atraso que existe nesta região em matéria do controlo da pandemia.
O chefe do Executivo sustentou ainda a necessidade de se criar na região o que designou por “espaços alternativos de retaguarda” ou seja, lugares para receber pessoas infetadas com Covid-19 que, necessitando de cuidados médicos, não requerem, contudo, “internamento hospitalar diferenciado”, uma solução que poderá servir claramente para “aliviar as unidades hospitalares”, concluiu.