home

António Costa destaca no Alto Minho a subida exponencial do investimento no tecido económico nacional

António Costa destaca no Alto Minho a subida exponencial do investimento no tecido económico nacional

No périplo que esta manhã realizou pelo Alto Minho, o primeiro-ministro destacou esta região fronteiriça à Galiza como “exemplo de resiliência”, assinalando o seu particular desempenho no aproveitamento das “enormes vantagens competitivas” do território.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

António Costa

Depois de ter inaugurado em Moreira de Cónegos, no concelho de Guimarães, uma nova fábrica de acabamentos têxteis, um investimento de 15 milhões de euros que vai gerar na região mais 45 postos de trabalho, o primeiro-ministro deslocou-se ao vizinho concelho de Paredes de Coura, no distrito de Viana do Castelo, para inaugurar a variante à Estrada Nacional 303. Um investimento de 10,8 milhões de euros, que vai ligar a zona industrial de Formariz à Autoestrada 3 (A3).

Falando no parque industrial de Formariz, nas instalações da empresa Doureca, de produção de componentes para a indústria automóvel, que ficou totalmente destruída por um incêndio em 2021 e que, de acordo com António Costa, “renasceu das cinzas”, tornando-se um exemplo da “resiliência simbólica de quem vive e trabalha nesta região”, o chefe do Governo voltou a referir-se ao Alto Minho como uma das principais regiões do país na atração de investimento e de investimento exportador, classificando-a, em parceria com a vizinha província espanhola da Galiza, como uma das eurorregiões que “mais e melhor têm sabido aproveitar e potenciar as vantagens deste território”.

Ocasião que aproveitou ainda para, uma vez mais, contrariar a tese de que é “uma fatalidade” trabalhar e viver no interior, voltando a defender que as regiões fronteiriças de Portugal deviam constituir-se como uma “espécie de barreira” de zonas mais pobres e lamentando que os dois países ibéricos tivessem deixado, por demasiados anos, os territórios fronteiriços entregues ao “campo de batalha e à terra de ninguém”.

Nada justifica, contudo, que assim deva continuar, lembrando que Portugal e Espanha são dois “países irmãos” com “tudo a ganhar em valorizar a dimensão transfronteiriça”.

Quanto à inauguração da variante à A3, António Costa lembrou que se trata de uma iniciativa que se enquadra nos apoios do PRR na Área de Acolhimento Empresarial – Acessibilidades Rodoviárias, com uma dotação inicial de 142 milhões de euros, “já reforçada na reprogramação para 166,4 milhões de euros”, um investimento que visa proporcionar melhores e mais rápidos acessos das zonas industriais às principais vias rodoviárias.

Antes, o primeiro-ministro tinha estado na empresa têxtil J.F. Almeida, em Moreira de Cónegos, no concelho de Guimarães, onde voltou a lembrar que este setor representa, em Portugal, “22% das empresas” e “23% do emprego” na indústria transformadora, tendo no ano passado, como também assinalou, faturado perto de “sete mil milhões de euros em volume de negócios”.

Um setor, como insistiu que é “fortemente exportador” e com uma “enorme capacidade competitiva”, que assenta, basicamente, “num grande investimento em inovação e na capacidade de adaptação em contextos muitas vezes desafiantes”, enaltecendo depois o que considerou ser a admirável reação do tecido empresarial nacional, no seu conjunto, após a pandemia.

Lembrou ainda que, em 2022, as empresas portuguesas investiram globalmente cerca de “32 mil milhões de euros”, substancialmente mais do que a totalidade da verba encaixada no PRR para todas as finalidades, destacando este como o ano de maior investimento empresarial em Portugal, “agora já ultrapassado até junho deste ano comparativamente ao primeiro semestre do ano passado”.

Perante as sucessivas crises que o mundo vai vivendo, desde a pandemia de Covid-19, passando pela guerra imposta pela Rússia à Ucrânia, à crise energética e à crise inflacionária, e mais recentemente face aos atentados terroristas do Hamas em Israel, Portugal, a Europa e o mundo, segundo o primeiro-ministro, não podem deixar de continuar a investir na modernização e na criação de melhores oportunidades, “quer na produção de energia e na sustentabilidade da circulação das matérias primas, quer na sua capacidade de inovação”, sendo este o caminho, como destacou, que permitirá que a “mesma fábrica, que hoje produz um determinado produto, possa daqui a 20 ou 30 anos fabricar algo completamente diferente”.

O primeiro-ministro inaugurou ainda, ao princípio da tarde, em Paredes de Coura, a primeira fábrica de vacinas a surgir em Portugal, um investimento do grupo espanhol Zendal.

ARTIGOS RELACIONADOS