António Costa destaca generosidade e dedicação política de ex-governante
“Foi um grande profissional, um homem muito generoso, sempre dedicado e empenhado politicamente”, nomeadamente enquanto ministro da Defesa do Governo de António Guterres”, afirmou António Costa, este sábado, no Porto, à margem da reunião da Comissão Nacional do PS.
Referindo, numa nota mais particular, que Júlio Castro Caldas foi seu “patrono” na advocacia, o líder socialista observou que tinha “grande admiração” pelo antigo advogado e bastonário.
“Enorme intelecto e vasta cultura”
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, expressou também consternação e pesar pelo falecimento do antigo ministro e parlamentar, enaltecendo o “enorme intelecto, vasta cultura e afabilidade do trato” de Castro Caldas, testemunhado, como assinalou, “do convívio ao longo dos anos, quer como colega de Governo, quer como deputado”.
“Cidadão exemplar” e “ao serviço de valores”
“Portugal perde um cidadão exemplar, um advogado brilhante e um político ao serviço de valores”, referiu, por sua vez, o antigo primeiro-ministro António Guterres, de quem Castro Caldas foi ministro da Defesa no seu segundo executivo.
Numa mensagem divulgada, o secretário-geral das Nações Unidas mostrou-se “profundamente entristecido” com a notícia, lamentando a perda de “um amigo” e de um “companheiro na consolidação da democracia portuguesa”.
Júlio Castro Caldas foi ministro da Defesa no segundo Governo de António Guterres, entre 1999 e 2001, e deputado à Assembleia da República, eleito pelo PSD, entre 1980 e 1983.
Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foi bastonário da Ordem dos Advogados em dois mandatos, de 1993 a 1999, tendo sido ainda presidente da Federation dês Barreaux d’Europe, entre 1997 e 1999. Fundou também a associação SEDES e a Sociedade Portuguesa de Arbitragem.
Entre novembro de 2001 e 2012, desempenhou funções como vogal do Conselho Superior do Ministério Público.