No arranque do roteiro ‘Agenda + Crescimento’, que irá percorrer o país, acompanhando no terreno o contributo da iniciativa empresarial para o crescimento da economia nacional, o líder do executivo socialista, que se fez acompanhar pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, vincou que é preciso “continuar a pedalar” para que o país mantenha este dinamismo.
“Quando se deixa de pedalar, naturalmente, a inércia não é suficiente para que o movimento prossiga. Para isso, é fundamental continuarmos a pedalar”, disse António Costa, fazendo uma analogia, após a visita à Unibike, empresa de Vagos que se dedica à produção de bicicletas elétricas.
O líder do Governo salientou que o crescimento que o país tem registado “vai continuar e aumentar”, dando o exemplo da própria Unibike, empresa em que 95% da faturação está assente na exportação e que prevê crescer 20% este ano, face a 2022.
“Cada empresa tem perspetivas de este ano acrescentar um pouco também à sua produção” e todas, na medida da sua dimensão, irão “acrescentar” à economia, “o que significa que a economia nacional vai continuar a crescer”, asseverou, continuando, assim, “a gerar emprego, emprego de mais qualidade e emprego mais bem remunerado”.
António Costa realçou, por outo lado, que é também mantendo esta dinâmica que será possível ter “finanças públicas mais estáveis, com menos dívida, com menos défice”, permitindo “prosseguir a trajetória de se continuar a reduzir a tributação de quem trabalha e paga IRS, e de se poder criar melhores condições para assegurar a competitividade” do território.
Em referência à produção de excelência da Unibike, o primeiro-ministro realçou o seu contributo para que o país seja hoje líder no setor a nível europeu, numa indústria que soube “reinventar-se”. E voltando a recorrer a uma analogia com o ciclismo, pediu ao setor para que continue “à cabeça do pelotão” e que não largue “a camisola amarela da indústria das bicicletas”.
Na sua intervenção, António Costa vincou também que têm sido “as boas políticas públicas” a razão para vencer “o maior défice de todos” a que Portugal se encontra desafiado a superar, o das qualificações.
E é neste “casamento virtuoso”, entre boas políticas públicas e investimento, como reforçou, que assenta a confiança no “futuro da economia”, garantindo também ao país estabilidade financeira e credibilidade internacional.
O Roteiro ‘Agenda + Crescimento’, que se iniciou esta quarta-feira no distrito de Aveiro, irá percorrer, nas próximas semanas, um conjunto diversificado de empresas, em várias regiões do país, assinalando a capacidade de manutenção e crescimento do emprego, a inovação empresarial e o contributo para o aumento do peso das exportações no PIB, ajudando a consolidar a trajetória de convergência de Portugal com a União Europeia.