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António Costa deseja que centenário de Saramago contribua para criar novas gerações de leitores

António Costa deseja que centenário de Saramago contribua para criar novas gerações de leitores

O primeiro-ministro, António Costa, assinalou na terça-feira o início das comemorações do centenário do nascimento de José Saramago, na Escola Básica Integrada Fernando Casimiro Pereira da Silva, em Rio Maior, afirmando esperar que a efeméride propicie a criação de novas gerações de leitores.

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António Costa, centenário de José Saramago

Na visita, onde esteve acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o primeiro-ministro assistiu à leitura de um trecho do conto ‘A Maior Flor do Mundo’, da autoria do escritor e Nobel português, que decorreu, em simultâneo, em mais de 300 escolas portuguesas e em outras centenas por todo o mundo.

Depois, numa breve intervenção dirigida aos alunos, António Costa quis realçar a “mensagem muito atual” do conto, numa altura em que o debate sobre o problema das alterações climáticas está na ordem do dia, sublinhando que a grande função da escola é garantir às novas gerações que “o mundo é vosso”, um património que passa também, como acrescentou, pela valorização da leitura, da “nossa língua” e da “nossa cultura”.

“É essa sementeira de leitura que temos que continuar a fazer”, afirmou António Costa, desejando que as celebrações do centenário do escritor permitam, sobretudo, “criar novas gerações de leitores”.

“É assim que a nossa língua e a nossa cultura se continuarão a valorizar e a enriquecer um pouco por todo o mundo, porque cada um que lê acrescenta um pouco ao livro que o escritor escreveu”, completou.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro fez também questão de agradecer o trabalho do agrupamento de escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva, lembrando que, durante a pandemia, quando “as escolas tiveram que fechar e se implementou o Estudo em Casa”, foi “em todo o país, o agrupamento em que maior número de docentes se disponibilizou para participar nesta iniciativa”.

O primeiro-ministro seguiu depois para Azinhaga do Ribatejo, na Golegã, onde foi recebido pela neta do escritor, Ana Saramago Matos, ajudando a plantar a 99ª das 100 oliveiras que ficarão a ladear uma rua da aldeia natal de José Saramago.

Na presença dos presidentes da autarquia da Golegã, António Camilo, e da junta de freguesia da Azinhaga, Vítor Guia, o líder socialista disse esperar que as 100 oliveiras plantadas perdurem, para que, daqui a um século, “alguém as veja” e “continue a lembrar-se que Saramago existiu e, sobretudo, a ler o que Saramago escreveu”.

O projeto ‘Cem oliveiras para Saramago’ é uma parceria entre a Fundação José Saramago, a Câmara Municipal da Golegã e a Junta de Freguesia da Azinhaga, prevendo que cada uma das árvores receba o nome de personagens dos livros de Saramago, sendo que a 100ª, a plantar no dia 16 de novembro de 2022, terá o nome de Josefa, a avó materna do escritor.

A sessão oficial de abertura do Centenário decorreu à noite, no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, com a participação da escritora Irene Vallejo, que leu um ‘Manifesto pela Leitura’, seguindo-se um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida pelo maestro Pedro Neves.

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