António Costa defende que investimento na ferrovia deve manter-se prioridade
“Essa tem de ser uma grande prioridade do país. Continuar a investir na ferrovia, continuar a investir no transporte público, porque, só assim, podemos alcançar esta meta de em 2030 termos uma redução de 40% das emissões de CO2, a partir do setor dos transportes”, afirmou António Costa, em Paredes.
Falando aos jornalistas na estação ferroviária de Paredes, na Linha do Douro, depois de ter viajado de comboio a partir de Marco de Canaveses, o líder do PS sustentou que para o país atingir a neutralidade carbónica “não bastam palavras”.
“São essenciais ações concretas, como esta que estamos a fazer no setor dos transportes, que é um dos setores mais responsáveis pelas emissões”, acentuou.
Aos jornalistas, recordou os investimentos realizados pelo Governo, na atual legislatura, no domínio do transporte ferroviário.
“Ao longo desta legislatura, quadruplicámos o investimento em transporte público, desde logo no grande investimento na ferrovia”, referiu, indicando, como exemplos, “as ligações aos corredores internacionais, como o corredor Sul, que vai ligar Sines à fronteira, o corredor Norte, que liga Aveiro à fronteira, a Linha do Minho, que já está eletrificada até Viana do Castelo, mas também nos transportes urbanos”.
António Costa sublinhou que também tem sido feito investimento na qualidade da rede, “neste caso concreto na Linha do Douro, já com a eletrificação feita até ao Marco”.
No final do ano, acrescentou, arrancará a eletrificação do Marco até à Régua e, “está previsto já no Programa Nacional de Infraestruturas, que prossiga a eletrificação até ao Pocinho”.
Ao mesmo tempo, sinalizou, foram lançados “vários concursos para a renovação do material”.
“Só relativamente à ferrovia, está aberto um concurso para a aquisição de novas composições e, finalmente, uma medida essencial para a promoção do transporte público e para a melhoria do rendimento das famílias, que foi o programa de redução do tarifário, com a criação do passe único”, referiu.
Essa medida, concluiu António Costa, permitiu que, “por exemplo, nesta linha [do Douro], muitas pessoas poupam por mês quase 100 euros nos custos de transporte para o Porto”.