“Peço a todos e a todas que não descansem nem um segundo ao longo da próxima semana. Temos que chamar a votar todos aqueles que ainda estão indecisos, e a quem temos de esclarecer e explicar, e explicar, e explicar, o que é que está em causa nestas eleições”, insistiu António Costa.
No comício que encerrou o dia de campanha, em Viseu, ao lado do cabeça de lista pelo distrito, João Azevedo, António Costa afirmou as diferenças entre o trajeto que o país realizou com a governação do PS desde 2015, com importantes avanços económicos e sociais, e a experiência da última governação da direita, “que quer agora regressar” com as mesmas propostas do passado.
“Falam muito de rendimentos, mas a verdade é só uma: nos quatro anos de governação do PSD/CDS, o salário mínimo nacional, durante esses quatro anos, subiu 20 euros”, lembrou, comparando que, com o Governo do PS, só este ano subiu o dobro desse valor – 40 euros – e que, “ao longo destes seis anos, subiu dez vezes mais do que subiu durante o tempo do PSD e do CDS”, valorizando 200 euros.
Também na “receita” para a economia, para António Costa, a diferença não deixa dúvidas: “Hoje, mesmo depois de termos atravessado e de estarmos a atravessar uma pandemia brutal, a taxa de desemprego já está nos 6,4%, metade daquela que estava em 2015 quando nós chegámos ao Governo”, apontou o Secretário-geral do PS, acrescentando, igualmente, que Portugal “voltou a crescer acima e mais rápido que o conjunto da União Europeia e, em especial, o conjunto da zona euro”, bem acima do que cresceu nos anos do Governo de direita liderado por Passos Coelho.
Portugal não está em tempo de aventuras
Sublinhando que o país enfrenta ainda um desafio “muito duro” para superar a crise económica e social que resultou da pandemia, o líder socialista advertiu que este não é o tempo para novas “aventuras”.
“Não somemos a isto tudo aventuras como a direita nos vem propor quando pretende desmantelar o nosso sistema de Segurança Social público – um sistema que temos vindo a reforçar, que tem garantido as pensões, os subsídios de desemprego, o lay-off e o apoio às famílias que tiveram de ficar em causa. Um sistema que combate diariamente a pobreza”, declarou.
António Costa lembrou, a propósito, que “o que verdadeiramente enfraqueceu a Segurança Social foram as políticas do último Governo PSD/CDS que, apesar dos cortes das pensões, com o brutal desemprego então criado e com o corte dos vencimentos que provocaram, as receitas foram baixando e a sustentabilidade do sistema ficou ameaçada”.
“É a este passado que o país não pode regressar”, afirmou António Costa.
Por isso, reforçou o líder socialista, nestas eleições “há uma escolha fundamental a fazer”: “É se continuamos a avançar com o PS ou se voltamos a recuar com o PSD”.
“Porque a vitória do PS é a vitória dos pensionistas que têm direito a um aumento extraordinário das pensões, a vitória do PS é a vitória das famílias que têm direito a ver reduzido já o IRS, é a vitória de todas as empresas que querem ver já terminado o pagamento especial por conta, é a vitória de todos aqueles que querem um SNS tendencialmente gratuito, é a vitória daqueles que querem defender e não deixam ceder na existência de um sistema de Segurança Social público para todas e todos os portugueses”, referiu. “A vitória do PS é uma vitória de todas e de todos os portugueses”, sublinhou António Costa