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António Costa: “Assunção de responsabilidades do Governo pelos incêndios é ato de compromisso”

António Costa: “Assunção de responsabilidades do Governo pelos incêndios é ato de compromisso”

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo assume-se como “primeiro responsável” depois da tragédia dos incêndios, mas salientou que a assunção de responsabilidades não pode ser “mero ritual de expiação” institucional, mas um “ato de compromisso”.

“Estamos aqui hoje porque a responsabilidade face às tragédias de Pedrógão [Grande, no distrito de Leiria] e de 15 de outubro têm de ter consequências. Estamos aqui porque o sofrimento das vítimas e dos seus familiares e o sentimento de insegurança dos portugueses exigem uma resposta. Porque a perda de vidas, a destruição de habitações e empresas, a devastação da floresta, não podem ser ignoradas”, disse António Costa na abertura do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS-PP

Para António Costa, “com sentido de dever”, o Governo, “como o órgão de condução da política geral do país e o órgão superior da administração pública, assume-se “como primeiro responsável perante a Assembleia da República”.

No entanto, de acordo com o primeiro-ministro, a “assunção de responsabilidades não pode ser um mero ritual de expiação institucional”, devendo antes ser “um ato de compromisso firme de fazer o que tem de ser feito, de mudar o que tem de mudar, de reparar o que exige reparação”.

“O compromisso de enfrentar os desafios estruturais do desordenamento da floresta, do abandono do interior, das alterações climáticas, do mesmo passo que satisfazemos a obrigação imediata de reparar e reconstruir. O compromisso de garantir a segurança dos cidadãos, reduzindo riscos, prevenindo ameaças, alertando para os perigos, protegendo na contingência e socorrendo na calamidade”, defendeu António Costa.