De acordo com António Costa, que falava na apresentação das linhas gerais do Programa Eleitoral do PS para as legislativas de 30 de janeiro, que decorreu no Teatro Capitólio, no Parque Mayer, a prioridade do seu futuro executivo estará concentrada “na recuperação da economia de cada um, na recuperação da economia das famílias e das empresas”.
“Este ano vamos já retomar o crescimento acima da média europeia”, disse, defendendo que a página da “estagnação” do país face à média europeia “foi virada a partir de 2016” até 2019. Neste contexto, António Costa assumiu então o compromisso de colocar Portugal “a crescer sempre acima da média europeia nos próximos quatro anos”.
Para que esse caminho de recuperação económica seja prosseguido, disse o líder socialista e primeiro-ministro, Portugal não pode “perder tempo” e tem de dar plena execução aos recursos do Portugal 2020, como “não pode perder um segundo” para dar início imediato à execução do próximo programa Portugal 2030 e “continuar a pôr toda a energia” na execução do Plano de Recuperação e Resiliência.
“O meu próximo Governo será um Governo mais compacto e será verdadeiramente uma ‘task-force’ ao serviço da recuperação do país”, declarou.
Na sua intervenção, depois de terem tomado a palavra o diretor do Gabinete de Estudos do PS, Porfírio Silva, que coordenou a recolha de contributos para o Programa do PS, e Mariana Vieira da Silva, que apresentou as 12 prioridades constantes do documento de compromisso eleitoral, António Costa reiterou que a estabilidade será o fator fundamental para que o país concretize este caminho de crescimento sustentado que ambiciona.
Um desígnio, como acrescentou, que é incompatível com cenários de crises políticas ou com “governos provisórios de dois anos”, sublinhando que nas eleições de dia 30 estará também em jogo a escolha a fazer sobre as condições de governabilidade do país.
“Para que isto seja possível, é necessário um Governo que olhe para o país e mantenha a estabilidade das políticas nos próximos quatro anos”, disse António Costa, reiterando que este é “um desafio perante o qual o PS tem dado uma resposta clara”.
“Para garantir estabilidade durante os próximos quatro anos, para garantir tranquilidade e previsibilidade na vida das portuguesas e dos portugueses, é fundamental que haja uma maioria que assegure essa estabilidade”, concretizou.