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António Costa assinala dia em que se concluiu administração de dez milhões de vacinas no país

António Costa assinala dia em que se concluiu administração de dez milhões de vacinas no país

O Secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, sublinhou, em Caminha, a importância da vacinação contra a Covid-19, assinalando que hoje se atingiu a marca de dez milhões de vacinas administradas, e garantiu que, sem as medidas adotadas pelo Governo, o país estaria “a caminho dos 18%” de taxa de desemprego “a que a direita nos levou na anterior crise económica”.

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António Costa, Jornadas Parlamentares de Caminha

António Costa, que intervinha nas Jornadas Parlamentares do PS, começou por destacar a “capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à pandemia e a eficácia no processo de vacinação”.

Uma grande parte desta capacidade de resposta do SNS deve-se ao “reforço do investimento” que o Executivo iniciou em 2015, recordou o primeiro-ministro, que apontou que desde esse ano até agora, “em termos líquidos, temos mais 27 mil profissionais no Serviço Nacional de Saúde”, o que corresponde a “um aumento de 23% dos recursos humanos”.

“A direita andou a falar durante quatro anos no ‘caos’ do Serviço Nacional de Saúde, mas no momento mais crítico para a saúde em Portugal foi mesmo o SNS que respondeu com a sua capacidade de resposta”, notou.

António Costa explicou depois aos que ainda têm dúvidas qual a importância da vacinação: “Esta variante (delta) é muito mais transmissível do que era a variante britânica, recordemos como o país estava em janeiro e em fevereiro e vejamos como é que o país está hoje. Hoje não estamos como queremos, mas estamos muitíssimo melhor e isso graças à vacinação”.

O Secretário-geral do PS frisou que hoje é um dia “simbólico”, já que se conclui “a administração de dez milhões de vacinas em Portugal. 70% da população adulta já tem, pelo menos, a primeira dose da vacina”.

“Nas últimas semanas, Portugal tem estado no top do ranking da percentagem de vacinação por milhão de habitantes entre todos os países da União Europeia”, congratulou-se.

Em seguida, António Costa lembrou quando, em abril, tinha sido fixada “uma meta muito ambiciosa, que era conseguirmos vacinar, em média, 100 mil pessoas por dia. Pois a semana passada vacinámos, em média, 150 mil pessoas por dia, continuamos a vacinar, em média, 150 mil pessoas por dia e vamos continuar a acelerar este esforço”.

Diante dos deputados do Partido Socialista, o primeiro-ministro pediu um “esforço de memória”: “Ouvimos dizer que ia faltar tudo no Serviço Nacional de Saúde, ouvimos dizer que ia haver rutura no Serviço Nacional de Saúde, ouvimos dizer que os médicos iam ter a necessidade de escolher quem vivia e quem morria, E também nos lembramos daqueles que disseram que a vacinação ia ser um caos”. E defendeu que os que disseram estas mentiras “devem pedir desculpa”.

Seria um duplo erro responder com austeridade a esta crise

António Costa comparou depois a resposta do Governo do PS a esta crise “com a resposta que a direita deu à anterior crise”, asseverando que o atual Executivo disse que “a resposta austeritária à anterior crise foi um erro e seria um duplo erro responder de novo com austeridade à crise atual”.

“Por isso, não cortámos salários, não cortámos pensões, não cortámos no investimento, não aumentámos os impostos. Pelo contrário, a nossa resposta foi apoiar as famílias e as empresas, apoiar os rendimentos e aumentar o investimento público”, salientou.

Relativamente ao ensino, o líder do Executivo esclareceu que se está a “investir num plano de recuperação de aprendizagens, porque sabemos bem que, por muito que tenha sido o esforço que foi feito, houve um prejuízo efetivo no processo de aprendizagem das crianças”. “Não nos podemos conformar com a existência de uma geração que é a geração da educação Covid. Não vai haver a geração da educação Covid”, garantiu, afirmando que a “geração que viveu esta pandemia” vai ter “para o futuro as mesmas ferramentas e as mesmas aprendizagens que as outras gerações tiveram”.

Durante a crise pandémica, o Governo disponibilizou diversos apoios económicos e sociais, porque tinha “a noção que a pior coisa que nos podia acontecer era somar à crise sanitária uma crise social que aumentasse o fosso em Portugal, aumentasse as desigualdades”, o que é mais marca que distingue a esquerda da direita, disse.

E o investimento no futuro continua. O investimento público prosseguiu e aumentou 20%, frisou o Secretário-geral do PS, que se congratulou por o Conselho de Ministros ter aprovado, ainda hoje, “numa data histórica, o maior investimento público em ferrovia de que há memória ter sido feito em Portugal e foi hoje, em plena crise, que aprovámos este investimento”. Foi aprovado um investimento de 819 milhões de euros na ferrovia, que vai permitir a compra de 117 comboios.

“Com o conjunto destes apoios, a verdade é que conseguimos chegar a três milhões de pessoas” e a “174 mil empresas”, sublinhou.

Medidas do Governo evitaram que números do desemprego chegassem ao dobro

Voltando a comparar a anterior crise com a atual, António Costa deu a conhecer números que demonstram bem a diferença com que os diferentes governos enfrentaram períodos de crise: “Na anterior crise nós atingimos 18% de desempregados, nesta crise que estamos a viver nós tivemos um máximo de 8% de desempregados e estamos neste momento com 7% de desempregados, 0,1% a mais do que tínhamos antes de esta crise nos atingir”.

E deixou claro: “Não estamos no ‘País das Maravilhas’, não há razão para deitar foguetes, há mais 86 mil pessoas que estão no desemprego”, mas a realidade é que, “como diz o Banco de Portugal, não tivéssemos nós adotado as medidas que adotámos e o desemprego hoje seria o dobro daquele que é”.

“Estaríamos a caminho dos 18% a que a direita nos levou na anterior crise económica”, sustentou.

Por fim, António Costa destacou todo o trabalho realizado pelo Governo durante a crise pandémica “sem se esquecer dos quatro grandes desafios estratégicos que tinha proposto para esta legislatura – enfrentar o desafio demográfico, enfrentar o desafio das alterações climáticas, assegurar a transição digital e combater as desigualdades”.

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