O primeiro-ministro, acompanhado pelo ministro da Educação, João Costa, e pelo secretário de Estado da Educação, António Leite, foi esta manhã a Évora onde, numa cerimónia realizada na Escola Secundária Gabriel Pereira, assinalou o início do novo ano letivo.
Depois de destacar com “especial satisfação” o facto de se ter verificado, nos últimos anos, “uma notável redução do abandono escolar precoce” que, como referiu, baixou de 12% para 5%, classificando o feito como uma das “maiores mudanças estruturais” a que disse ter assistido “nestes quase sete anos em que sou primeiro-ministro”, uma profunda mudança que António Costa justifica com o facto de “haver maior consciência social”, quer da parte dos jovens, quer dos seus encarregados de educação, de que é decisivo “investir na educação”.
Um cenário a que o primeiro-ministro fez questão de juntar uma clara e inegável “melhoria da qualidade de vida das famílias”, como assinalou, mas também com o facto de a escola ter sabido nestes últimos anos responder às exigências, “transformando-se e tornando-se mais atrativa e diversa”, conseguindo assim ser “mais motivadora” para um número cada vez maior e mais diversificado de crianças e de jovens.
A este propósito, António Costa lembrou que é preciso que a escola continue a ter consciência de que “não gostamos todos do mesmo”, sendo por isso determinante, como indicou, que “tenha a capacidade de motivar e de mobilizar todos”, porque o país, como defendeu, “precisa que todos tenham o melhor nível de educação possível”.
Descentralização é passo “fundamental” para enriquecer as escolas
Na cerimónia que assinalou esta manhã a abertura do ano letivo de 2021/22, realizada na cidade alentejana de Évora, o primeiro-ministro voltou ao tema da descentralização, referindo ser este um passo “fundamental para enriquecer as escolas”, afirmando não ter dúvidas de que a “revolução cultural na educação” tem de passar pela descentralização.
Reconhecendo, contudo, o papel difícil que está reservado às autarquias, apelou, por isso, à “persistência, compreensão e sobretudo ao espírito de diálogo” de todos “para se alcançar este objetivo”.
Sejam quais forem as futuras inquietações que o país possa eventualmente voltar a ter que enfrentar, sendo que a pandemia, como referiu António Costa, e agora a inflação “são travões” que têm impedido que o país ande mais depressa, o certo é que descentralizar a política de educação, ainda segundo o chefe do Governo, assume desde já um caráter absolutamente incontrolável, pelo que “temos de continuar a avançar” porque a escola “tem de se enriquecer nesta diversidade”.
Já na parte final da sua intervenção, o primeiro-ministro teve ainda oportunidade para desejar “um bom ano letivo” aos “dois caloiros” que o acompanharam esta manhã nesta cerimónia em Évora, o ministro da Educação, João Costa, e o secretário de Estado da Educação, António Leite, pelo primeiro ano de ambos nestas funções, desejando-lhes que “este e os próximos quatro anos lhes corram muito bem”.