Intervindo na apresentação dos candidatos socialistas à presidência das 14 Câmaras Municipais do distrito da Guarda, António Costa concretizou “as duas razões fundamentais” que mobilizam o próximo ciclo no poder local: as novas competências em matéria de descentralização e o funcionamento das Comissões de Desenvolvimento Regional.
A primeira razão, defendeu, “é que entrará plenamente em vigor o novo pacote de descentralização de competências e de recursos, o maior reforço da descentralização que é feito no nosso país desde a criação do poder local democrático em 1976”, reiterando António Costa que, “para isso, é absolutamente fundamental termos autarcas que não tenham medo de assumir as novas responsabilidades e que sejam capazes de as assumir e de as gerir”.
O líder socialista referiu que o desafio destas novas responsabilidades, na saúde de proximidade, na educação, na área social e no desenvolvimento económico e social, torna “fundamental uma geração de autarcas determinados”.
António Costa destacou, depois, “uma outra mudança da maior importância”, relacionada com funcionamento reforçado das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
Lembrando que, até recentemente, era o Governo que nomeava os dirigentes, agora, como frisou, o presidente é eleito por todos os autarcas dessa região e o vice-presidente pelos presidentes de Câmara da região. Com esta mudança, as direções das CCDR “deixaram de responder ao Governo e passaram a responder aos autarcas que representam as populações da região”, apontou.
Na opinião de António Costa, esta nova realidade vai ser decisiva para os territórios porque os programas operacionais regionais vão ser elaborados nas regiões, “de acordo com a vontade dos autarcas”.
“E é por isso que é absolutamente essencial que os autarcas da região tenham bem a noção de que a principal prioridade que vamos ter no nosso futuro é mesmo a estratégia de desenvolvimento ao nível regional”, afirmou.
Luís Couto assume compromisso de Programa de Apoio ao Emprego Jovem
A apresentação dos candidatos do PS às 14 Câmaras Municipais do distrito teve lugar no Jardim José de Lemos, na cidade da Guarda, contando com a intervenção de Luís Couto, o candidato independente pela lista socialista à presidência da autarquia local, que enfatizou o compromisso de criação de um Programa de Apoio ao Emprego Jovem.
Segundo Luís Couto, o concelho da Guarda enfrenta, à semelhança de outros, os desafios do envelhecimento da população e da baixa taxa de natalidade e, se “não conseguir fixar, também, os filhos da terra, se não conseguir travar os jovens que partem e se não conseguir ser atrativa, será uma cidade condenada ao fracasso e sem futuro”.
Para inverter a situação, o candidato independente que concorre pelo PS anunciou que, a ser eleito presidente da autarquia, criará “um Programa de Apoio ao Emprego Jovem que permita às empresas e às instituições beneficiar de financiamento na contratação de jovens quadros qualificados ou que permita aos jovens a criação do seu próprio emprego”.
No seu discurso, Luís Couto disse que a sua candidatura defende “uma Guarda onde cada jovem saiba e sinta que tem espaço e oportunidades”, tendo destacado ainda o compromisso de, “logo nos primeiros cem dias” de exercício da presidência, “redefinir e projetar a localização do ‘Porto Seco’ e todas as infraestruturas rodoferroviárias necessárias”, dinamizando uma área junto à nova concordância das duas linhas ferroviárias da Beira Baixa e Beira Alta, e mais próxima da Plataforma Logística e do Parque Industrial.
“Queremos uma cidade dinâmica, ousada, criativa, inclusiva, que se distinga pelo modo de pensar e pela capacidade de fazer”, concretizou.
Veja aqui os candidatos socialistas à presidência das 14 Câmaras Municipais do distrito da Guarda.