Nestes dois dias no distrito de Leiria os membros do Governo que acompanham o primeiro-ministro têm agendadas mais de 50 visitas a empresas da região e às 16 câmaras municipais do distrito, participando amanhã, quinta-feira, em Leiria, na reunião do Conselho de Ministros.
Como garantia esta manhã à comunicação social o primeiro-ministro, esta deslocação de dois dias do Governo ao distrito de Leiria não só não foi uma escolha aleatória, como não foi também uma decisão inocente, lembrando que este é uma região que nos últimos oito anos criou “43 mil novos postos de trabalho” e apresentou “só neste período” um volume dos negócios que atingiu os “44 mil milhões de euros”.
Perante esta realidade e em vista de todo este dinamismo, disse o primeiro-ministro, faz todo o sentido que o Governo tivesse escolhido Leiria para aferir o andamento do programa das Agendas Mobilizadoras, um programa integrado no PRR, como acrescentou, e que junta empresas e entidades do sistema científico e tecnológico. A este propósito mencionou ainda que no âmbito desta iniciativa estão previstos investimentos no distrito na ordem dos 7 mil milhões de euros, a realizar até ao final de 2026, que apontam para a criação de 18 mil novos postos de trabalho, sendo a esmagadora maioria dos empregos a criar “altamente qualificados”.
Ainda sobre as Agendas Mobilizadoras o primeiro-ministro voltou a referir que este é um dos distritos do país onde se regista “o maior empenho, mas também a maior participação no programa”, atribuindo o facto à “excelência do seu tecido empresarial e à qualidade do seu Instituto Politécnico”.
Instrumento poderoso
Para o presidente da Câmara Municipal de Leiria, o socialista Gonçalo Lopes, as Agendas Mobilizadoras e os fundos do PRR “são um instrumento poderoso” que não pode ser desperdiçado por oferecer uma oportunidade única a Portugal de se preparar para enfrentar os “desafios de uma economia global que está em constante evolução”.
Para o autarca, que falava perante o primeiro-ministro e vários ministros, as Agendas Mobilizadoras e Agendas para a Inovação constituem uma oportunidade de excelência, “provavelmente irrepetível”, para promover o nível e o perfil competitivo da economia nacional, ajudando Portugal a ser um país “mais resiliente e preparado para responder aos crescentes desafios de uma economia globalizada”, em que a incerteza, como também aludiu, “surge como a única constante”.
Para o presidente da Câmara Municipal, também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, se há uma virtude a destacar no papel desempenhado pelas Agendas Mobilizadoras, ela reside no facto de “juntarem os melhores protagonistas do nosso país, quer do sector empresarial, da academia ou das organizações da sociedade civil”.
Por tudo isto, disse ainda Gonçalo Lopes, é essencial que o país não desperdice esta oportunidade e consiga congregar esforços e sinergias em diversos patamares, em especial, como salientou, “na partilha de conhecimento e experiência e na mobilização de recursos financeiros, humanos e tecnológicos”.