António Costa apela a união em torno da sua candidatura à Câmara de Lisboa
Na apresentação da sua candidatura à presidência da Câmara de Lisboa, nos Jardins de São Pedro de Alcântara, António Costa apelou a uma união supra-partidária nas eleições que se avizinham.
“A escolha que vai ser feita dia 11 de Outubro não permite ilusões, nem ambiguidades. É uma escolha clara entre a responsabilidade e a irresponsabilidade, entre as promessas que se cumprem e as promessas que se fazem, entre o rigor e a trapalhada, entre a competência e a aparência, entre a estabilidade e a instabilidade, entre a realidade e a ficção, entre a sustentabilidade e a precariedade, entre a política ao serviço dos cidadãoes e a política-espectáculo”, afirmou António Costa.
O autarca evocou as coligações de esquerda na Câmara de Lisboa, lideradas por Jorge Sampaio e João Soares, e sublinhou que “essa notável experiência de Governo”, deveria “ser renovada”. “Dirijo-me, por isso, a todas e a todos os que sentem que Lisboa merece tudo, para que nos unamos em torno de um projecto de cidade, em vez de nos dividirmos em nome de jogos partidários que nada têm a ver com os interesse de Lisboa”.
Também José Sócrates apelou ao voto útil nas eleições, vincando que nunca houve uma vitória eleitoral da esquerda com o enfraquecimento dos socialistas: “Nestas eleições em Lisboa, a escolha será entre a direita e a esquerda. Mas esta escolha é também entre o passado e o futuro”.
Para o secretário-geral socialista, a escolha nas próximas eleições autárquicas reveste-se de um carácter “muito claro”: “É uma escolha entre António Costa e o candidato da direita. Entre o futuro e um regresso ao passado, com os mesmos problemas, os mesmos projectos, os mesmos impasses e até com as mesmas pessoas Todos aqueles que se revêem num projecto político de esquerda democrática têm consciência de que nunca houve uma vitória da esquerda com qualquer enfraquecimento do PS”.
José Sócrates afirmou que a candidatura de António Costa representa os valores do “rigor”, do “cosmopolitismo” e da “modernidade”. “Este é o momento para apelar a que todos aqueles que não sendo do PS mas que se revêem nos valores da esquerda democrática têm a candidatura de António Costa como a melhor solução para servir Lisboa e os lisboetas”.