Para António Costa, é claramente maioritário o “desejo de todos nós” que a guerra na Ucrânia termine “o mais rapidamente possível”, evidenciando o primeiro-ministro a necessidade de que haja respeito pela “integridade territorial e pelas suas instituições democráticas” da Ucrânia, para que o país possa rapidamente “retomar a sua atividade com a normalidade desejada”.
António Costa falava ontem aos jornalistas após o encontro com o seu homólogo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, na cidade da Praia, no final da VI Cimeira entre os dois países, não deixando igualmente ambos de chamar a atenção para a posição claramente expressa pela comunidade internacional na passada semana na Assembleia-Geral das Nações Unidas “de repúdio” pela guerra na Ucrânia.
De acordo com o primeiro-ministro português, apesar de todas as dificuldades e adversidades trazidas não só pela guerra da Ucrânia, com as consequências negativas que carreiam para a economia mundial, mas também pelo combate à pandemia de Covid-19, “luta que ainda não terminou”, esta VI Cimeira veio mostrar e provar de forma indelével que “há um programa de cooperação com Cabo Verde” que Portugal “quer concretizar”, garantindo que, “quanto maior for a tormenta, maior terá de ser a solidariedade entre amigos”.
É também nestas alturas difíceis como a que todos estamos a atravessar, disse António Costa aos jornalistas nesta conferência de imprensa, que se “veem os amigos” e que a amizade e a cooperação entre Estados “deve ser reforçada”, voltando a olhar para a guerra na Ucrânia para lamentar as mortes que a invasão russa está a infligir, apelando de novo à “cessação imediata das hostilidades e à retoma do diálogo”.
António Costa e Ulisses Correia e Silva tiveram ainda oportunidade de apelar ao respeito que “todos devem ter” pelos valores do Direito Internacional plasmados na Carta das Nações Unidas, reiterando ambos a necessidade de proteção do princípio da “igualdade e integridade territorial dos Estados”.