Tendo ao seu lado a ministra da Saúde e cabeça de lista pelo distrito, Marta Temido, António Costa participou numa arruada na baixa de Coimbra, vincando que no próximo domingo “está em causa um conjunto de escolhas decisivas para o país”.
“Quando votarmos pelo PS, vamos votar pelos idosos que têm direito a uma Segurança Social forte e ao aumento extraordinário das pensões, que estava no Orçamento [para 2022] e que vai ser pago quando o Orçamento for aprovado”, declarou.
“Vamos votar pelos trabalhadores que têm salário mínimo nacional e que querem que o salário mínimo nacional continue a subir. Vamos votar pelos trabalhadores que têm salário médio e que tem de aumentar. Vamos votar por todos os trabalhadores que têm direito a uma agenda de trabalho digna, sem precariedade, com salário justo e com boa conciliação entre as vidas profissional e familiar”, prosseguiu o líder socialista.
Na cidade dos estudantes, António Costa lembrou ainda que o voto no PS é também a garantia de “redução das propinas e da existência de bolsas para a frequências dos mestrados”, num programa socialista que não esquece, como também adiantou, a redução fiscal para a classe média, para as famílias com filhos e para os jovens nos primeiros cinco anos de atividade.
Em matéria de saúde, um dos temas que mais tem dominado a agenda política destas legislativas, o líder socialista referiu que está em causa, no próximo domingo, uma escolha entre dois modelos muito distintos e que merece uma reflexão profunda dos portugueses, sublinhando António Costa que, “com o PS, fica garantido um Serviço Nacional de Saúde público, universal e sempre, sempre, sempre tendencialmente gratuito”.
Antes, já Marta Temido já tinha feito uma intervenção no mesmo sentido, deixando um alerta: “Saibamos ler nas entrelinhas. Quando se diz [no programa do PSD] que se quer substituir o SNS por um sistema nacional de saúde, ninguém fica a saber porquê. Quando se diz que as taxas moderadoras são uma questão técnica, pretende-se esconder que essa questão técnica toca no bolso dos portugueses”.
Para a ministra da Saúde, importa ter sempre presente a obra e o legado de António Arnaut, fundador do PS e criador do SNS.
“Quem é de Coimbra e viu o doutor António Arnaut defender o SNS, não esquece o património que temos na saúde pública. O SNS tem muito para melhorar, mas o SNS esteve lá nos piores dias”, disse, em referência a quem nunca faltou aos portugueses no combate à pandemia.
“Não podemos correr o risco de deitar o SNS borda fora, porque é isso que está em causa”, reforçou Marta Temido.