Ana Catarina Mendes desafia Passos Coelho a «cumprir a palavra» de votar no PS
“Por isso, se [Passos Coelho] for um homem de palavra, no próximo domingo votará no PS, porque nós conseguimos. Sim, foi possível virar a página da austeridade”, afirmou.
O sucesso do Governo liderado por António Costa veio contrariar os vaticínios do ex-primeiro-ministro de que o PS teria “resultados fracassados”, o que, segundo a dirigente socialista, justifica a completa ausência do desacreditado ex-líder social-democrata na campanha eleitoral.
No comício realizado na Praça do Bocage, a cabeça de lista socialista por Setúbal, lembrou que foi neste mesmo local que, em 1995, fez o seu primeiro discurso político, salientando que nesse período “Setúbal vivia a fome” e eram sentidas as consequências do encerramento da Lisnave.
Na sua intervenção, Ana Catarina Mendes dirigiu ainda palavras de homenagem a Diogo Freitas do Amaral, fundador do CDS e antigo ministro, falecido ontem aos 78 anos.
Pedro Marques critica estratégia de “vale tudo” de Rui Rio
O dirigente socialista Pedro Marques esteve também no comício em Setúbal, onde alertou para o facto de, segundo eurodeputado, o presidente do PSD, Rui Rio, ter enganado “profundamente” os portugueses ao tentar passar a imagem de “paladino da credibilidade” quando, afinal, é o “campeão do vale tudo”.
Pedro Marques disse que o presidente social-democrata adotou uma estratégia do “vale tudo”, nomeadamente quando disse aos professores “que lhes dava tudo” para dois dias depois lhes dizer “que não lhes dava nada” e “no dia a seguir logo se veria”.
O eurodeputado nascido no distrito de Setúbal acentuou as criticas, lembrando que o dirigente social-democrata “levantou-se contra a justiça de tabacaria”, mas, dias depois, “já estava a clamar e a fazer justiça na praça pública”, enquanto que tentava levar a Assembleia da República a “promover os julgamentos que cabem nos tribunais portugueses”.
Pedro Marques apelou ao voto no PS nas eleições deste domingo, de modo a garantir uma “grande vitória” do PS e impor “uma grande derrota da direita portuguesa”, que fará com que o CDS volte a “ser outra vez relegado ao papel de partido do táxi”.
Quanto ao PSD, Pedro Marques afirmou que, “mesmo com o CDS neste estado, esta liderança de Rui Rio não consegue melhor do que jogar do que jogar para perder por poucos”.
Face à “falta de credibilidade do projeto da direita”, o dirigente e ex-ministro socialista acredita que o PS vai ter “uma grande vitória” no próximo domingo.