Álvaro Beleza: Seguro tem “um sentido da História que é fundamental num governante”

Em entrevista ao jornal Sol, o secretário nacional do PS Álvaro Beleza falou sobre António José Seguro, sobre o estado da saúde no país e sobre o Partido Socialista.

Confrontado com o que se ouve dizer sobre a personalidade de António José Seguro, o secretário nacional respondeu que o “carisma ganha-se no exercício do poder: Guterres, Sampaio e Passos também não tinham carisma”. Defendeu o bom carácter do secretário-geral, “sentido ético e bom senso”, motivo para se tornar num bom primeiro-ministro. “E tem bagagem política e um sentido da História que é fundamental num governante. Isso viu-se no roteiro que fez pelo interior”, acrescentou.

O médico que deixou a presidência do Instituto Português do Sangue explicou o motivo para o ter feito: “Não conseguia dizer que não a um grande amigo meu [Seguro], de juventude, que precisava de mim numa altura difícil para o PS e para o país. Sempre lutei por causas. Doeu-me a alma deixar o IPS, mas ficou bem entregue”.

Segundo Álvaro Beleza, o atual ministro da Saúde é “sério”, mas “o Serviço Nacional de Saúde está a ser posto em causa com os cortes ‘além da troika’ decididos pelo Governo”.

Sugeriu algumas propostas sobre cortes nas despesas dentro desta área, nomeadamente reduzir-se os meios de diagnóstico. “Fazem-se exames a mais (TAC, ressonâncias, etc.). A poupança também aparecerá se houver uma maior transparência entre o setor público e o privado”.