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Alternativa de confiança VII

Alternativa de confiança VII

A diferença do crescimento médio apresentado nos dois cenários em comparação é de 0,2 p.p. O cenário macroeconómico que enquadra as medidas propostas pelo PS projeta um crescimento médio de 2,6% para o ciclo dos próximos quatro anos, enquanto, e para o mesmo período, o cenário do Programa de Estabilidade, apresentado pelo Governo PSD/CDS, projeta um crescimento médio de 2.4%.
Alternativa de confiança VII

Testemos agora a credibilidade de cada um dos cenários.

O Governo PSD/CDS não apresenta ao país as medidas que expliquem como será alcançado um crescimento médio de 2,4%, conforme previsto no Programa de Estabilidade. E não só não é capaz de justificar como se chegará a esse crescimento, como ainda promete mais uma significativa redução do saldo orçamental. Estamos de novo no campo do pensamento mágico da austeridade virtuosa, que já provou tão bons resultados.

O corte nas pensões com que o Governo se comprometeu em Bruxelas tem um impacto negativo estimado em 0,4 p.p. do PIB. Estamos a falar de uma redução do PIB em 574 milhões de euros, isto só em relação ao ano de 2019. Este empobrecimento do país está já simulado no crescimento médio inscrito no Programa de Estabilidade?

Depois há outra forma de apresentar um contrato de confiança com o país e os portugueses. Todas as medidas apresentadas pelo PS foram estudadas e estão simuladas. O seu impacto no PIB é conhecido e pode ser debatido. Podemos dizer o mesmo das propostas da coligação PSD/CDS?

A coligação de direita insiste no experimentalismo da austeridade virtuosa, esperando que a economia cresça com inação das políticas públicas e com a repressão fiscal e financeira das famílias e das empresas. E não apresenta contas, números ou impactos estimados.

O PS apresenta medidas que foram estudadas. Que estão avaliadas e com as contas feitas. Medidas que são prudentes na sua exigência orçamental, com um impacto anual inferior a 0,15 p.p. do PIB. Que são faseadas e estão calendarizadas.

As medidas incluídas no programa eleitoral do PS, e que vão constituir a base do seu programa de Governo, podem ser por todos avaliadas. São medidas que serão avaliadas anualmente, assegurando o seu ajustamento, com a participação inclusiva da concertação social.

O PS sabe que é possível fazer diferente. Trabalhando com rigor e competência.