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Alternativa de confiança VI

Em primeiro lugar, estabeleçamos uma definição consensual: a de que ser despesista é fazer crescer a despesa corrente mais do que o PIB do país.

O primeiro gráfico apresenta a evolução da despesa corrente em percentagem do PIB desde 2001. A evolução é eloquente:

  • No período entre 2001 e 2005, a despesa corrente sobe 3.6 p.p. do PIB.
  • Os primeiros anos de Governo PS, antes da crise internacional, estabilizam esta evolução. Não existe qualquer despesismo, havendo mesmo um ligeiro ajustamento orçamental.
  • No período seguinte acontece “apenas” a maior crise internacional dos últimos 80 anos – que aliás já afeta parte da evolução em 2008. As despesas correntes sobem 4.1 p.p. do PIB. Mas Portugal foi um caso único? Já veremos que não.
  • Chega então ao Governo a coligação PSD/CDS. E eis que se atinge o máximo histórico neste indicador. Ficamos esclarecidos sobre o mito do despesismo.
  • O cenário macroeconómico elaborado por uma equipa de economistas coordenada pelo prof. Mário Centeno, e que serviu de base para o Programa Eleitoral do Partido Socialista, traça uma trajetória clara, acomodando o impacto estudado das medidas proposta pelo PS, de descida continuada do peso da despesa corrente no PIB.

Existe, de facto, um enorme mito urbano sobre quem é despesista.

Vejamos agora o que aconteceu nos restantes países europeus no período mais recente:

• Na resposta à crise internacional, entre 2007 a 2009, a despesa corrente em percentagem do PIB cresceu, em média, 4.7 p.p. na área do Euro 11 – os países fundadores sem o Luxemburgo. Mais do que cresceu em Portugal (4.5 p.p.). Na Grécia, na Irlanda e em Espanha a subida média foi de 8.7 p.p., quase o dobro do que sucedeu em Portugal.

• Agora vejamos o que sucedeu durante o período de ajustamento. Nos países que estiveram sujeitos a um programa de ajustamento, a despesa corrente cai 4.3 p.p. Em Portuga caiu apenas 0.2 p.p.

Não há nenhum milagre. Apenas incompetência e punição inconsequente. Não se fez nenhuma reforma da despesa pública. Hoje pagamos mais por um serviço pior.

Uma vez mais, estamos em presença de um enorme mito urbano sobre o despesismo.

 

O PS sabe que é possível fazer diferente. Trabalhando com rigor e competência.