Alexandre Quintanilha distinguido pela Universidade de Évora
Na cerimónia, que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, do presidente do PS, Carlos César, e do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, entre muitas personalidades, Alexandre Quintanilha realçou o desenvolvimento da ciência em Portugal nas últimas três décadas, congratulando-se com o facto de esta ser uma área em que o país deixou a causa da Europa, situando-se atualmente acima da média europeia.
“Eu acho que Portugal, em 30 anos, conseguiu sair da cauda da Europa e estar acima da média europeia e da média dos países da OCDE”, afirmou, vincando que este progresso não foi fácil de realizar “num país que, durante muito tempo, não apreciava o conhecimento”.
“Portanto, acho que Portugal deu um passo” com “que toda a gente por esse mundo fora fica surpreendido. Não estavam à espera que fosse possível, e em tão pouco tempo, ir tão longe”, destacou o cientista, que, desde 2015, é deputado pelo PS na Assembleia da República.
Segundo Alexandre Quintanilha, que recebeu o grau de Doutor Honoris Causa na mesma cerimónia em que a Universidade de Évora atribuiu idêntica distinção ao cientista belga Pat Sandra, este avanço da ciência em 30 anos “não é fácil” de fazer “num país que, durante muito tempo, não apreciava o conhecimento”.
Alexandre Quintanilha manifestou estar “totalmente” surpreendido com a distinção, que considerou “uma honra muito grande”, realçando ainda que, no campo da ciência, Portugal “continua a ser hoje em dia um sítio que está a ser observado pelos lá de fora como uma experiência de sucesso com muito poucas semelhanças com o que se passou no resto do mundo”.
Nas razões que justificaram a distinção ao cientista português, o Conselho Científico da Universidade de Évora salientou, igualmente, as diferentes dimensões do contributo de Alexandre Quintanilha, “transmitindo o conhecimento, desenvolvendo a investigação científica, formando gerações de cientistas e promovendo militantemente a ciência na educação”.