Ajustar o défice ao investimento
“A Europa está a matar-se com esta política de austeridade”, disse António Costa, tendo sustentado a necessidade de ajustar a redução do nosso défice às necessidades dos investimentos, de forma a “permitir sustentar o futuro da nossa economia”. Ou seja, como realçou, “quando crescemos bem podemos poupar mais” sendo que na actual conjuntura “temos necessidade de investir mais para podermos crescer”.
Para que tal possa acontecer, é necessária uma mudança de orientação económica e financeira, designadamente através de novas políticas de emprego dirigido aos jovens, de maneira a permitir-lhes uma maior “integração no tecido empresarial”, medidas para enfrentar o desemprego de longa duração para a geração mais velha, o aproveitamento dos visto Gold para financiar um fundo de capitalização de empresas, para além da redução da taxa do IVA para a restauração e de um programa de reabilitação urbana, sobretudo com recurso às PME.
Não deixou, contudo, de recordar que esta mudança de orientação económica e financeira, que o PS reivindica há mais de três anos, está agora a dar passos significativos na União Europeia, “apesar de o Governo português atuar ao contrário”, como é exemplo o facto de ainda não ter utilizado as verbas disponíveis no programa europeu “Garantia Jovem”, ou na insistência em não ir em frente com a criação de um banco de fomento, classificando este particular como uma medida urgente na perspetiva de um programa de recapitalização das empresas.