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Agendas Mobilizadoras traçam roteiro de “uma viagem ao futuro do país”

Agendas Mobilizadoras traçam roteiro de “uma viagem ao futuro do país”

Do têxtil ao automóvel, das novas tecnologias do hidrogénio à agricultura sustentável, dezenas de projetos inovadores estiveram em destaque em Leiria, no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”.

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António Costa, Governo Mais Próximo em Leiria

Ao longo desta quarta-feira, o teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, foi o palco para o 1º Encontro Anual das Agendas Mobilizadoras e Verdes para a Inovação Empresarial, com a apresentação de dezenas de projetos. Da indústria têxtil à indústria automóvel, das novas tecnologias do hidrogénio à agricultura sustentável, passando pela transição energética e digital, são 53 as Agendas Mobilizadoras, envolvendo 959 empresas e associações empresariais e 112 centros de investigação, com um investimento previsto de 7,7 mil milhões até 2026. Uma aposta na investigação e tecnologia e no trabalho conjunto de empresas e do universo científico e tecnológico do país que pretende transformar a economia portuguesa.

A iniciativa contou com a participação, ao longo de todo o dia, do primeiro-ministro. No final, António Costa chamou-lhe uma “viagem ao futuro” e um “extraordinário tónico para a nossa confiança”.

Aquilo que está em causa, destacou o líder do executivo socialista, não são apenas os investimentos, mas “centenas de novos processos, serviços e produtos a serem incorporados na economia portuguesa, para acrescentarem valor à economia portuguesa”, projetando 18 mil postos de trabalho, 11 mil dos quais altamente qualificados.

Mas o “mais importante”, referiu, é “a metodologia de trabalho”, baseada na aproximação das empresas ao sistema científico e tecnológico. “Um enorme treino para o futuro”, sublinhou António Costa, propondo que estes encontros passem a realizar-se de seis em seis meses, para potenciar a troca de experiências e conhecimento.

Parcerias transformadoras

Ao longo do dia foram apresentados projetos de áreas muito diferenciadas e de diferentes geografias, distribuídos por todo o território nacional, sendo dados dois exemplos que têm em comum estarem sedeados na região de Leiria: fabricação aditiva, uma aplicação industrial que permite produzir peças utilizando a impressão em 3D, através de um consórcio que junta 61 entidades empresariais e 12 não empresariais, com recursos humanos altamente qualificados; e a Susteinable Stone Portugal, dedicada à Valorização da Pedra Natural para um Futuro Digital, Sustentável e Qualificado, com 52 entidades envolvidas e um investimento previsto de 55,8 milhões de euros, prevendo a criação de 200 postos de trabalho diretos.

Economia pode dar “salto muito significativo”

Foi apontando exemplos como estes que, logo no início do encontro, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, sublinhou que este é o programa “mais transformador” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo que a economia portuguesa pode dar, até 2026, um “salto muito significativo” no crescimento.

Na base das Agendas Mobilizadoras está a “difusão da inovação e do saber”, um conjunto gerador de crescimento económico, que precisa de aliar-se a um outro fator: “Temos que melhorar muito a nossa eficiência coletiva”, preconizou o ministro.

Nesse sentido, acrescentou, as Agendas Mobilizadoras são também uma “mudança deste paradigma de funcionamento da economia e da sociedade portuguesa”, colocando as empresas “a dialogarem umas com as outras, a dialogarem com sistema científico, com a Administração Pública”, numa “interação muito significativa para o futuro”.

Na sua intervenção, António Costa Silva deixou ainda um desafio: “Vamos ter dificuldades, vamos ter obstáculos, cabe a todos nós ultrapassá-los”. Com objetivos claros, como apontou: “Transformar as cadeias produtivas, prepará-las para serem mais competitivas, ganhar eficiência em cada elo e competir no mercado internacional”.

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