home

Agendas Mobilizadoras marcam caminho para o futuro da economia portuguesa

Agendas Mobilizadoras marcam caminho para o futuro da economia portuguesa

O primeiro-ministro esteve ontem em Santa Maria da Feira, onde voltou a valorizar o papel decisivo que as Agendas Mobilizadoras têm vindo a desempenhar na qualificação da economia portuguesa, considerando o programa como o de “maior potencial e de maior capacidade transformadora da economia portuguesa no âmbito do PRR”.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

PRR, Agendas Mobilizadoras

Falando no segundo Encontro Anual das Agendas Mobilizadoras que decorreu ontem no Europarque, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, o primeiro-ministro, depois de enaltecer o papel e a “coragem política” que a Comissão Europeia teve “numa altura difícil” em plena pandemia, ao “ousar dar um passo inédito” desafiando os Estados para uma emissão conjunta da dívida para financiar um grande programa para a recuperação da economia.

Uma decisão que António Costa garantiu ter “salvado milhões de empregos e milhares de empresas” em toda a Europa, lembrou que esta decisão assumida pela Comissão Europeia veio igualmente permitir a Portugal abrir novos caminhos às suas empresas e aos estabelecimentos de ensino para “treinar e preparar novas formas de trabalhar para o futuro”.

De acordo com António Costa, “é fundamental que o conhecimento se transforme em produtos e serviços” para que ambos cheguem ao mercado “potenciando e valorizando devidamente não só o conhecimento científico e tecnológico nacional, como para criar uma economia de maior valor acrescentado e de maior conhecimento”, destacando o chefe do executivo o papel decisivo que o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) teve ao aproximar as empresas dos diferentes centros de conhecimento do sistema científico e tecnológico, o que veio permitir criar, como garantiu, “novos produto e novos serviços, mas também abrir novos processos de interligação que potenciaram e valorizaram a economia nacional”.

A este desafio, recordou também, as empresas e os centros de produção de conhecimento científico e tecnológico responderam de forma “absolutamente extraordinária”, reunindo em poucos meses 150 consórcios com mais de três mil entidades, que apresentaram as suas intenções de desenvolverem uma agenda mobilizadora. Um processo que mais tarde veio a ser limitado, como assinalou o chefe do executivo, por um júri internacional a 53 consórcios, que vão do “chão da fábrica, à vinha, da pedra natural aos satélites” e que prometem chegar a 2026 “com mais de oito mil milhões de euros em volume de negócios na economia nacional”.

Ocasião que o primeiro-ministro aproveitou para se referir ao programa das Agendas Mobilizadoras como o “mais inovador e dinâmico e com maior potencial no conjunto do PRR”, um programa que nasceu, como lembrou, de uma “velha queixa” que existia em Portugal da necessidade de “pôr as universidades e as empresas a falar e trabalhar umas com as outras”.

Portugal na primeira linha

Depois de garantir que as empresas portuguesas estão hoje na linha da frente no empreendedorismo e de a economia portuguesa dispor “como nunca antes” de um “sistema científico e tecnológico de excelência”, ultrapassado o “velho défice” das suas qualificações, facto que permite afirmar “sem rodeios”, como defendeu o primeiro-ministro, que Portugal num espaço de tempo relativamente curto teve a capacidade de operar uma “mudança profunda” no seu perfil económico e social, sendo exemplo o facto ter conseguido passar em duas décadas de 23 mil investigadores para os atuais 60 mil.

Para António Costa, não restam dúvidas de que foram as Agendas Mobilizadoras uma das principais responsáveis pelo aumento do emprego altamente qualificado que hoje existe no país, sendo que Portugal ganhou também com este programa, como acrescentou, “novos métodos de trabalho conjunto” entre empresas e universidades, havendo agora “boas razões para se estar otimista em relação ao futuro”.

Nesta deslocação a Santa Maria da Feira, o primeiro-ministro esteve acompanhado pelos ministros da Economia, da Presidência, da Ciência e da Coesão Territorial, tendo visitado antes da sua intervenção, um conjunto de ‘stands’ de consórcios criados através das Agendas Mobilizadoras, o que lhe permitiu observar alguns produtos desenvolvidos que ainda se encontram numa fase de protótipo, manifestando em relação a todos grande satisfação pelo trabalho alcançado.

ARTIGOS RELACIONADOS