Afirmar na Europa a agenda da nova geração do século XXI
“Ninguém melhor do que uma pessoa nascida no ano 2000, como a Filipa Maia, para representar a lista do PS como mandatária nacional nas eleições europeias”, disse ontem António Costa durante a apresentação da mandatária nacional do PS às eleições europeias.
Na sessão realizada esta segunda-feira na sede nacional do Partido Socialista, no Largo do Rato, em Lisboa, que serviu para apresentar Filipa Mais, de 18 anos, como mandatária da candidatura socialista às eleições de 26 de maio, o Secretário-geral do PS salientou que a escolha da estudante de Coimbra “é um sinal de que a causa do PS é uma causa de futuro e aposta na nova geração do século XXI”.
“A Europa não pode ser só uma bela história do passado. A Europa tem de ser, sobretudo, um grande projeto para o futuro, um grande projeto da geração mais jovem”, afirmou António Costa.
O Secretário-geral do PS alertou para o facto de não haver valores garantidos e sublinhou a importância de consolidar os princípios fundadores do projeto europeu.
“Temos o Reino Unido sem saber se sai ou se fica, mas com um voto para sair da União Europeia. Hoje vemos em alguns países europeus ameaças à independência dos tribunais, à liberdade de ensinar e à liberdade de imprensa. Demos também por adquirido que a Europa se fundava no valor da dignidade da pessoa humana, mas uma Europa que se funda nesse princípio não pode aceitar transformar o Mediterrâneo num cemitério, em vez de acolher quem procura proteção internacional”, afirmou António Costa.
Referindo-se à necessidade de implementar uma forte agenda social na Europa, o líder socialista lembrou que, “no programa do Partido Socialista Europeu, essa prioridade está lá, em primeiro lugar no direito de todos no acesso à melhor educação possível, à formação ao longo da vida, à estabilidade no mercado de trabalho, à igualdade de direitos, na exigência de uma sociedade da igualdade de oportunidades e no acesso à habitação”, sublinhou.
Marcar a diferença pelo futuro
Na sessão, o cabeça de lista socialista, Pedro Marques, referiu que a escolha de uma jovem estudante de 18 anos de idade para mandatária nacional de uma candidatura às eleições europeias é “diferente do habitual”.
“Esta é uma lista que quer marcar a diferença. Renovámos muito esta lista e reduzimos muito a sua média etária”, referiu Pedro Marques, acrescentando que “não apresentamos protagonistas do passado, em particular aqueles que aplaudiram os cortes e as sanções no tempo anterior”, disse o candidato numa crítica direta ao cabeça de lista social-democrata.
Na mesma senda de críticas, o ‘número um’ da lista socialista, salientou que o PS “tem representantes das duas regiões autónomas (Açores e Madeira) em lugar elegível. Não temos de facto um candidato a deputado que é meio da Madeira e meio dos Açores”, disse.
“Não apresentamos protagonistas do passado, em particular aqueles que aplaudiram os cortes e as sanções no tempo anterior”, sublinhou Pedro Marques.
Filipa Maia assume desafios da nova geração
A mandatária nacional da candidatura socialista às eleições Europeias é estudante de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra, destacando como principais desafios da sua geração a luta contra as alterações climáticas e contra o trabalho precário, bem como o combate à discriminação de género ou em função da orientação sexual.
Filipa Maia referiu, ainda, a crise dos refugiados, defendendo que a Europa não pode responder a este drama humanitário com “arame farpado”.