Aeroporto do Montijo potencia desenvolvimento da região e do país
Na ocasião, Pedro Marques referiu que o limite de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado está cada vez mais próximo pelo que se torna “imperioso criar soluções que permitam prosseguir o desenvolvimento do transporte aéreo”.
Evidenciou, pois, a importância de evitar o estrangulamento do crescimento económico, do desenvolvimento do turismo, das empresas e da mobilidade dos cidadãos, referindo que em 2016 o aeroporto de Lisboa atingiu a marca de 22 milhões de passageiros, seis anos antes do que estava previsto.
E lembrou que “as avaliações realizadas convergiram para uma solução consistente, que assegura a capacidade aeroportuária para as próximas décadas: a manutenção do Aeroporto Humberto Delgado como infraestrutura aeroportuária central na Região de Lisboa, complementada com um outro aeroporto, a desenvolver na Base Aérea do Montijo”.
Construção em três anos
A propósito da utilização da infraestrutura no Montijo, Pedro Marques afirmou que esta “é uma solução sólida no que respeita à gestão do espaço aéreo, aspeto que torna inviável a utilização de outras infraestruturas existentes na região como pistas complementares”.
Mas, fez questão de acrescentar, a expansão aeroportuária proposta é, ainda, uma solução rápida, com um prazo de construção de três anos, permitindo iniciar as operações antes de o Aeroporto Humberto Delgado estar esgotado.
O ministro reafirmou igualmente que esta “é uma solução financeiramente comportável para o Estado, com condições para o seu custo ser integralmente suportado através das receitas aeroportuárias, ao mesmo tempo que se assegura taxas no Montijo inferiores às do Aeroporto Humberto Delgado e dos principais aeroportos concorrentes”.
Assim, resumiu, “a coexistência do Aeroporto Humberto Delgado com uma pista complementar no Montijo permitirá a duplicação da capacidade atual da Região de Lisboa, passando a poder movimentar 72 aviões por horas, podendo transportar 50 milhões de passageiros”.
Quanto à calendarização deste projeto, o titular da pasta do Planeamento e Infraestruturas prevê que os estudos iniciais estejam completos até ao final deste ano, com a avaliação ambiental e a negociação contratual com a ANA a serem concluídas no primeiro semestre de 2018. Nesse ano serão também desenvolvidos os projetos de detalhe, para que a construção do aeroporto no Montijo possa iniciar em 2019 e terminar em 2021.
Riqueza e emprego
Apor outro lado, Pedro Marques garantiu que a construção do aeroporto no Montijo impulsionará a riqueza e o emprego, estimando-se que possa gerar a prazo 20 mil novos postos de trabalho, diretos e indiretos, apenas no setor aeroportuário, além dos resultados do crescimento da atividade económica.
Adiantou igualmente que serão criadas “oportunidades de desenvolvimento” e reforçada a coesão no Arco Ribeirinho Sul, ao mesmo tempo que serão criadas condições para a continuidade do desenvolvimento na margem Norte.
“Com o avanço do projeto de expansão aeroportuária da região de Lisboa, estamos a potenciar o desenvolvimento harmonioso da região, a criar riqueza e emprego, a melhorar a qualidade de vida das populações. Em suma, a potenciar o desenvolvimento do país, para termos mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade”, rematou.