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“Açores correm o risco de perder o futuro”

“Açores correm o risco de perder o futuro”

Vasco Cordeiro alertou, este sábado, que com o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM, “a Região corre o risco de perder o futuro”, salientando serem cada vez mais os indicadores que comprovam “que os Açores estão a andar para trás”.

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Vasco Cordeiro

Para o presidente do PS/Açores, que intervinha no convívio promovido pelo PS/São Miguel, nos Arrifes, no caso concreto dos transportes, por exemplo, este Governo quando terminar o seu mandato, e depois do transporte marítimo, “terá dado cabo, também, do transporte aéreo”.

“Depois de apregoarem que vinham salvar a Azores Airlines, os números demonstram que este Governo não só não está a salvar, como está a dar cabo da SATA Air Açores”, mas, também no caso da Ryanair, “depois daquelas que foram conquistas dos Governos Regionais do PS, com a liberalização do espaço aéreo, este Governo permite que se vá embora, restringindo assim as opções e as acessibilidades à nossa Região”, afirmou o socialista.

Relembrando que ainda recentemente o Partido Socialista apresentou várias propostas para ajudar a enfrentar a situação, Vasco Cordeiro questionou a razão pela qual o executivo ainda não chamou as diversas entidades para que, todos juntos, “possam delinear um conjunto de medidas para ultrapassar a saída da Ryanair”, ou até mesmo a SATA e a TAP, “pedindo-lhes para que reavaliem a sua disponibilidade já para este inverno”. Mas, segundo acrescentou ainda o presidente do PS/Açores, “de que é que o Governo Regional está à espera para fazer uma campanha de esclarecimento no continente e combater a desinformação de que agora é mais difícil vir para a Região”.

Na ocasião, e ao nível dos indicadores sociais, Vasco Cordeiro manifestou ainda a sua preocupação face ao risco de a Região poder perder o futuro, alertando para o aumento da taxa de risco de pobreza e da taxa de abandono escolar precoce, depois de anos em que estes indicadores reduziram com os Governos Regionais do Partido Socialista.

“Faz hoje três dias que o Banco Central Europeu colocou os juros em taxas historicamente altas. Onde é que está o Governo Regional dos Açores para ajudar as famílias açorianas, da dita classe média, que neste momento já são bastante penalizadas por essa subida de impostos e que necessitam de medidas concretas”, questionou, salientando que hoje os açorianos “parecem entregues à sua sorte”.

A esse propósito, e frisando serem 1.800 as famílias açorianas que estarão a sofrer por esta circunstância, Vasco Cordeiro relembrou que dos apoios previstos no âmbito do CreditHab, apenas foram abrangidas 170 famílias, situação que levou o presidente do PS/Açores a propor “que se criem equipas que possam acelerar a análise de projetos desses pedidos de apoio”, ou que o mesmo seja prolongado no tempo, “passando dos atuais seis meses para um ano”.

Considerando que o Governo Regional está “a fazer bem pior do que os Governos Regionais do Partido Socialista faziam”, Vasco Cordeiro alertou que a justificação não pode ser a da “pesada herança”.

“A prova de que a herança não é pesada é que este Governo, em dois anos, aumentou a dívida da Região em 600 milhões de euros, os Governos Regionais do PS, ao fim de 24 anos, deixaram uma dívida pública na Região de 2.400 milhões de euros. E fica bem claro que a herança não é pesada se nós atentarmos no seguinte: se os Governos Regionais do PS tivessem gerido as finanças públicas como este Governo do PSD/CDS/PPM está a gerir, tínhamos deixado mais de 7 mil milhões de euros de dívida. A herança não é pesada, o que falta é vontade, diligência e competência para ajudar os açorianos”, defendeu o socialista.

Vasco Cordeiro alertou ainda para o facto de a Região poder vir a perder o maior volume de fundos comunitários que alguma vez teve ao dispor, mais de 3.2 milhões de euros negociados pelo anterior Governo Regional do Partido Socialista, frisando que, de acordo com os indicadores, “este Governo não está a ser capaz de transformar essa oportunidade histórica em benefício das famílias e das empresas açorianas”.

Vasco Cordeiro assegurou que o Partido Socialista continuará focado no essencial que, neste contexto, passa por “termos em atenção aquela que é a necessidade que os açorianos sentem neste momento: de esperança, de futuro, de competência, de experiência, de sentido de liderança em relação ao rumo que a Região deve servir. E isso, o Partido Socialista garante”.

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