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Acordos de cooperação económica entre Portugal e Venezuela significam “um grande …

Acordos de cooperação económica entre Portugal e Venezuela significam “um grande …

José Sócrates, sublinhou hoje o “grande desenvolvimento” da cooperação económica entre Portugal e Venezuela nos últimos dois anos, afirmando que “honra a amizade histórica” entre os dois países e os dois governos.

Sócrates lembrou que em 2007 as relações económicas entre os dois países se limitavam à importação de petróleo por parte de Portugal e a uma “pequena exportação que não atingia os 20 milhões de euros”.
Um quadro que, acrescentou, “mudou radicalmente” nos últimos dois anos, apontando, a título de exemplo, o valor das exportações de Portugal para a Venezuela, que só entre Janeiro e Setembro deste ano já atingiram os 100 milhões de euros.
“Este desenvolvimento da cooperação económica, registado nos últimos dois anos, honra a amizade histórica entre os dois países e os dois governos”, afirmou.
José Sócrates falava em Viana do Castelo, numa cerimónia em que, na presença do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foram assinados vários acordos de cooperação económica entre os dois países.
Um dos acordos diz respeito à construção, nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, de dois navios asfalteiros para a Venezuela, num negócio que ronda os 130 milhões de euros.
“São navios de última geração, de grande exigência tecnológica, num contrato da maior importância para os estaleiros e para a economia portuguesa”, referiu José Sócrates.
Outro acordo tem a ver com a construção, pelo Grupo Lena, de 12.512 habitações sociais e três fábricas pré-fabricadas, um negócio calculado em 682 milhões de euros.
De destacar ainda a assinatura de um memorando de entendimento para o fornecimento à Venezuela de mais 1,5 milhões de computadores “Magalhães” nos próximos três anos.
Foi igualmente assinado um memorando de entendimento para a cooperação energética e para a constituição de uma empresa mista de transporte e liquidificação de gás natural, sendo a Galp o parceiro português.
Para Sócrates, estes acordos significam “um grande desenvolvimento” da cooperação económica entre Portugal e a Venezuela.
Já o presidente venezuelano Hugo Chávez elogiou o “grande contributo de Portugal para o desenvolvimento do mundo” em termos de energias renováveis, considerando “impressionante” que elas produzam mais de 60 por cento da electricidade nacional.
“Este tipo de energia é o futuro. Algum dia há-de acabar o petróleo neste planeta – esperemos que em 3500 –, mas algum dia há de acabar. Temos de começar a preparar-nos para a era pós-petrolífera”, disse, numa visita à fábrica de torres eólicas da Enercom, em Viana do Castelo.
Hugo Chávez considerou que o esforço que Portugal tem feito nessa área “é um avanço para o bem não só do país mas de todo o mundo”.
O presidente venezuelano considerou “impressionante ver como Portugal gera mais de 60 por cento da sua electricidade” de fontes eólicas, solares e hídricas.