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Acordo do salário mínimo fecha 2016 “com chave de ouro”

Acordo do salário mínimo fecha 2016 “com chave de ouro”

António Costa considerou que o Governo do PS termina 2016 “com chave de ouro” ao conseguir um acordo de concertação social em torno do salário mínimo, depois de ter registado no ano que termina “a melhor execução orçamental dos últimos 42 anos”.
Acordo do salário mínimo fecha 2016 “com chave de ouro”

O líder socialista falava no jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS, onde também proferiram breves intervenções o líder da bancada, Carlos César, e o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e que contou com a presença de vários membros do Executivo.

“Em 2016, este Governo conseguiu a melhor execução orçamental dos últimos 42 anos. E a melhor prova que é sempre possível transformar os impossíveis em oportunidades e possibilidades é que fechamos este ano parlamentar com chave de ouro com o acordo de concertação social para a subida do salário mínimo nacional”, destacou António Costa.

O primeiro-ministro lembrou a circunstância de no presente ano terem sido aprovados dois orçamentos [OE2016 em fevereiro e OE2017 em novembro], sendo que “a novidade é que nenhum deles foi retificativo”.

“Mas há uma segunda novidade”, acrescentou. “É que o Orçamento do Estado para 2016 foi cumprido e, ao contrário do que muitos receavam, podemos agora dizer que temos a melhor execução dos últimos 42 anos”.

Lembrando também que Governo socialista cumpriu os compromissos assumidos perante os portugueses, nomeadamente na reposição de rendimentos das famílias, nos salários salários e pensões, ou na descida do IVA da restauração, António Costa sustentou que este caminho provou que havia uma alternativa e que a política prosseguida pelo Governo anterior não deixa saudades.

“É por isso que a oposição tem muita dificuldade em falar do presente e do futuro. Resta à oposição cantar a música do ‘oh tempo volta para trás’. Mas, de facto, olhando para a sociedade portuguesa, ninguém tem vontade de voltar para trás, mesmo as pessoas que nunca votam no PS e que não gostam desta solução governativa”, afirmou.

Nas primeiras intervenções, o líder da bancada socialista, Carlos César, deixou várias mensagens bem-humoradas, designadamente quanto à “paciência” com que o Governo aguentou os deputados socialistas ao longo do último ano, a “paciência” do Grupo Parlamentar do PS em relação a membros do Executivo e a “paciência” que o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, teve na condução dos trabalhos parlamentares, estes “sempre assegurados com elevada isenção”.

“A paciência que tivemos de ter uns com os outros. A tarefa não foi fácil”, disse Carlos César, provocando risos na sala.

No mesmo registo bem-humorado, Ferro Rodrigues reconheceu, por seu lado, que “é bem mais paciente agora”, nas funções de presidente da Assembleia da República, deixando depois um alerta de preocupação sobre a necessidade de mudar “esta Europa, que está num caminho que parece de beco”. “Este caminho pode ser mudado se agirmos a tempo”, acrescentou o presidente da Assembleia da República.