Falando à chegada a Colares, onde participou numa reunião do Conselho Estratégico Empresarial de Sintra, Pedro Nuno Santos disse esperar que o Grupo Parlamentar do PSD “esteja disposto para se aproximar do PS”, salientando que foi a proposta dos socialistas que foi aprovada na generalidade no Parlamento, e não a do Governo, que “teve de baixar à especialidade sem votação”.
O Secretário-Geral socialista lembrou que o PS já apresentou uma nova proposta, salientando esperar que “as partes se aproximem, com a certeza de que a proposta que foi aprovada no Parlamento, que teve viabilidade para ser aprovada no Parlamento, foi a do PS, não foi a do Governo”.
“É importante que haja humildade de ambas as partes. Nós estamos disponíveis para fazer cedências, mas é muito importante que o PSD perceba que está muito longe da maioria absoluta e que tem mesmo de negociar no Parlamento”, sustentou. “Por isso, se quer um acordo com o PS, tem de levar a sério o que o PS propôs e as contrapropostas que o PS vai fazer”, completou Pedro Nuno Santos.
Governo deve apresentar estudos
Nestas declarações aos jornalistas, o líder socialista voltou a defender que o Governo deve apresentar os estudos que estão na “base do anúncio do reforço de movimentos por hora no aeroporto de Lisboa”, salientando que é uma questão que não foi avaliada pela comissão técnica independente.
“Isso sim é muito importante para termos a certeza de que o Governo de facto toma decisões fundamentadas e ponderadas. Não estou a dizer que não se deva reforçar, estou a dizer que, antes de tomarmos decisões, elas devem ser estudadas, avaliadas, ponderadas, fundamentadas e esta aparentemente não foi”, defendeu.
SCML é mais um exemplo manifesto de saneamento político
Pedro Nuno Santos criticou ainda a exoneração da provedora da SCML, Ana Jorge, salientando que foi demitida “com alegações que se vieram a revelar falsas” e lamentou “que um ministro use da calúnia para fazer saneamento”.
“Deixa-nos poucas dúvidas de que é saneamento político e isso tem acontecido em várias frentes. Estamos a falar de mandatos que estão a ser interrompidos, sem que haja uma explicação clara sobre as razões para essas substituições”, afirmou.