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Acordo é “progresso significativo “ mas ainda insuficiente para os desafios da União

Acordo é “progresso significativo “ mas ainda insuficiente para os desafios da União

A eurodeputada socialista Margarida Marques considerou um “progresso significativo” o acordo alcançado entre o Parlamento Europeu e a Comissão em matéria orçamental, advertindo, no entanto, que é ainda “insuficiente para financiar os desafios da União Europeia em 2020”.
União Europeia dá luz verde ao Orçamento Plurianual

O Parlamento Europeu aprovou ontem, por maioria, a proposta de orçamento da União Europeia para 2020, que visa um aumento no montante total de 1,5%, para cerca de 169 mil milhões de euros, com 21% destinados às alterações climáticas.

Ao intervir na sessão plenária de Estrasburgo, a deputada justificou o “progresso significativo”, por comparação com a proposta da Comissão e porque ficaram salvaguardadas as prioridades do Parlamento: clima, investigação, inovação e jovens. “Valorizou-se o programa Emprego Jovem, Garantia Jovem e o programa Erasmus”, disse.

Margarida Marques manifestou ainda “preocupação” com o Quadro Financeiro Plurianual. “O que nós precisamos é de um montante que seja suficiente para financiar as prioridades políticas da União Europeia e, sobretudo, as prioridades políticas da nova Comissão”, afirmou.

Mais ambição e mais solidariedade

O também deputado socialista Pedro Silva Pereira, por seu lado, reclamou um nível suficiente de contribuições nacionais para o orçamento da União Europeia e um reforço dos recursos próprios.

“Precisamos de mais ambição e de mais solidariedade para um acordo que não atrase a entrada em vigor do quadro financeiro”, acrescentou.

“É verdadeiramente espantoso como, poucos anos passados, alguns parecem já tão esquecidos das lições da crise financeira que foi também uma crise do euro”, disse o deputado, intervindo no debate preparatório do Conselho Europeu de dezembro próximo.

Sem investimento na coesão e na convergência, “não é possível responder ao descontentamento dos cidadãos que alimenta o populismo eurocético e ameaça o projeto europeu”, defendeu o parlamentar português, sublinhando que a discussão do Quadro Financeiro Plurianual, que está na agenda do próximo Conselho Europeu, “é vital para o futuro”.

A posição do Parlamento Europeu “é conhecida e é clara: um orçamento ambicioso, cerca de 1,3% do rendimento nacional bruto, com as prioridades certas para responder aos desafios do presente e do futuro, mas sem cometer o erro fatal de desinvestir na convergência, na coesão e no desenvolvimento rural”, apontou Pedro Silva Pereira.