Abril – Liberdade e Igualdade!
Celebrar Abril é celebrar a Igualdade, é celebrar a Liberdade de mudar e decidir, o direito a eleger e ser eleito e escolher os destinos do país. É homenagear os capitães de Abril e recordar vidas de luta e resistência. É celebrar os direitos humanos, inalienáveis e indivisíveis, conquistados ao longo destes 46 anos de democracia.
Aprendemos com Abril o significado dos valores e da liberdade, a riqueza da diversidade e o direito de escolher as opções políticas que nos libertam.
Pelas mãos do Partido Socialista, de Mário Soares a António Costa, fomos conquistando direitos que antes nos eram negados: o direito ao divórcio, à interrupção voluntária da gravidez, o acesso à procriação medicamente assistida para todas as mulheres e o direito de cada um e cada uma assumir a sua identidade de género.
Foram os governos socialistas que aprovaram Leis inovadoras como a Lei da Paridade, do Casamento entre pessoas do mesmo sexo e a violência doméstica se tornou crime público.
Temos orgulho em todas estas conquistas do nosso Partido, que tem sido pioneiro na concretização do nobre princípio constitucional da Igualdade.
Hoje, no dia 25 de abril de 2020, circunstâncias adversas, resultantes da crise pandémica que vivemos, obrigam-nos a celebrar Abril de outra forma. Vivemos em estado de emergência, confinados em casa, mas nem por isso deixamos de gritar bem alto – Viva a Liberdade!
O Governo socialista têm estado à altura desta crise que assolou o mundo, protegendo vidas, lançando medidas para salvaguardar o emprego e os rendimentos das famílias e evitar a destruição da economia.
Reerguer-nos-emos seguramente desta crise com a determinação e coragem que o nosso Primeiro Ministro tem demonstrado. É aqui, que a nossa confiança coletiva aumenta, porque temos à frente dos destinos do nosso país um grande humanista e um grande político, que tudo tem feito para minimizar os efeitos desta pandemia na vida das pessoas e do país.
Esta crise, como disse António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas, afeta todos, mas afeta ainda mais as mulheres. Milhões de pessoas em todo o mundo estão em casa, e as desigualdades e a violência de género agravam-se. Segundo a ONU, as mulheres representam 70% das pessoas que trabalham na saúde e no sector social e realizam três vezes mais cuidados não remunerados em casa do que os homens. Por isso, lançou a campanha #ElesPorElasEmCasa que visa incentivar os homens à partilha dessas tarefas e a fazerem a sua parte.
Os retrocessos que as crises provocam, ao nível dos direitos humanos conquistados, são bem visíveis, pelo que as respostas coletivas e solidárias, que a União Europeia está a preparar, não podem deixar de integrar, no quadro do amadurecimento desta União que nos une, a perspetiva de género nas políticas europeias Pós Covid19.
Se estamos todos no mesmo barco, espera-se que não deixemos ninguém para trás, e que neste Abril continuemos a gritar bem alto – Viva a Liberdade! Viva a Igualdade!
Elza Pais
Presidente das Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos
(MS-ID)