Portugal situa-se, assim, claramente, como o país europeu com a melhor evolução deste indicador nas últimas duas décadas, destacando-se, entre 2015 e 2020, um decréscimo de 35%, o que compara com uma redução de 8% no conjunto da União Europeia (UE), para o mesmo período. Os dados destes primeiros nove meses apontam, também, para um valor anual de 2021 a situar-se na ordem dos 6%, sendo que apenas seis países da UE registaram, no ano transato, taxas de abandono abaixo desse valor.
Estes resultados do país traduzem, como destaca o Ministério da Educação, “a eficácia de programas e medidas” que têm vindo a convergir “num esforço continuado para garantir sucesso educativo e melhores aprendizagens”, de que são exemplo o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, a abordagem integrada à Educação Inclusiva, a aposta na diversificação de ofertas, nomeadamente do ensino profissional, a autonomia e flexibilidade curricular, bem como medidas concretas e específicas de apoio aos alunos ou medidas de promoção de literacias múltiplas, promovidas pelo Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares.
Saudando as comunidades educativas “por mais este sucesso do sistema de educação e formação”, o ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues destaca a necessidade de o país prosseguir o caminho destes últimos anos, nomeadamente através “do aprofundamento de várias iniciativas que se têm traduzido em resultados positivos” no combate ao abandono escolar precoce.
“O esforço conjunto das escolas e do Ministério da Educação para que nenhum aluno ficasse para trás, em particular no contexto pandémico, têm expressão significativa neste compromisso com a educação de qualidade para todos”, realça a tutela.
De salientar que a taxa de abandono da educação e formação tem sido o principal indicador, a nível europeu, da evolução dos sistemas educativos, conferindo reconhecimento à sua centralidade, nas sociedades de hoje, para os índices de competitividade económica, coesão social e igualdade de oportunidades.