“A nossa política é preservar a área da ciência”
José Sócrates afirmou hoje que o investimento em ciência e tecnologia será “preservado” face ao processo de consolidação orçamental presente no Orçamento para 2011, alegando que se trata de uma opção para defender a economia.
José Sócrates falava no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, no final de uma sessão em que foram apresentados os dados de Portugal em 2009 referentes ao potencial científico e tecnológico.
Segundo esses dados, em 2009, Portugal ultrapassou os 2,791 milhões de euros em investimento em investigação e desenvolvimento, atingindo 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – um crescimento na ordem dos dez por cento.
José Sócrates defendeu a tese de que os resultados de Portugal em termos científicos e tecnológicos “demonstram a correção das políticas” seguidas pelo seu Governo desde 2005, altura em que o investimento em ciência era equivalente a 0,81 por cento do PIB.
“Quero aqui deixar uma palavra à comunidade científica. A nossa política é preservar a área da ciência de qualquer impacto resultante da atual situação económica e financeira do país. O país vai fazer um exercício exigente de restrição orçamental, mas queremos fazê-lo preservando o investimento em ciência”, acentuou José Sócrates.
Para José Sócrates, o investimento em ciência “defende o país e a economia portuguesa”.
“Não se faz esta política para beneficiar um investigador, um cientista, ou uma corporação, mas para defender o interesse geral e construir uma economia melhor”, declarou.
Em outro ponto, o primeiro-ministro salientou que o investimento privado tem até ultrapassado o que é feito pelo Estado em investigação e desenvolvimento, apontando mesmo publicamente quais as empresas que mais investiram em Portugal em 2009: a PT, o BCP, a Bial e a EDP.
“Todos os indicadores demonstram que o investimento em ciência e tecnologia foi absolutamente determinante para as empresas que mais aumentaram as suas exportações”, disse.