A nossa história
A 19 de Abril de 1973, o Congresso da Acção Socialista Portuguesa (ASP), “ponderando os superiores interesses da Pátria, a actual estrutura e dimensão do movimento, as exigências concretas do presente e a necessidade de dinamizar os militantes para as grandes tarefas do futuro, deliberou transformar a ASP em Partido Socialista“.
Ata de fundação do Partido Socialista, que transforma a Acção Socialista Portuguesa em PS, a 19 de abril de 1973
A primeira organização partidária do movimento socialista em Portugal foi criada, em 1875, por Azedo Gneco, Antero de Quental e José Fontana, entre outros.
O 28 de Maio de 1926, e a consequente ilegalização dos partidos políticos disfere um golpe numa estrutura incapaz de se adaptar às condições da clandestinidade. Daí para a frente ensaiam-se diversas outras tentativas de criação de organizações socialistas, sem, no entanto, se conseguirem afirmar no seio das correntes da oposição ao Estado Novo. Neste contexto, destacam-se: o Núcleo de Doutrinação e Acção Socialista (1942-1944), o Partido Socialista Independente (1944), a União Socialista (1944-1950), o Partido Trabalhista (1947) e a Frente Socialista (1950-1954). Entretanto, o P.S.P. (S.P.I.O) entrava também num esforço reorganizativo (1946).
O advento destes partidos políticos, em grande medida consequência da conjuntura do pós-guerra, que animou toda a oposição ao Estado Novo, sofreria um sério refluxo, quando o regime se recompõe da vitória das democracias ocidentais. Ainda assim, em 1953, constituía-se a Resistência Republicana e Socialista (1955-1964), grupo de reflexão e intervenção política. A esta seguir-se-ia a A.S.P., criada em Genebra, em 1964, por iniciativa de Mário Soares, Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa.
A Acção Socialista Portuguesa foi fundada em Genebra por Mário Soares, Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa, em novembro de 1964. Representando um novo esforço de estruturação do movimento socialista, o certo é que não logrou estabelecer as bases de implantação a que aspirava, conciliando dificilmente os instrumentos de luta na clandestinidade com as poucas possibilidades de intervenção legal permitidas pelo regime salazarista.
A ASP iniciou a publicação do Portugal Socialista, em 1967, no 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Órgão oficial da ASP, foi um elo de unificação entre os diversos socialistas dispersos pelo mundo, no exílio, e uma chama de resistência, que chegava a Portugal como um grito de revolta e um chamamento de esperança. A ASP estabeleceu também numerosos contactos com partidos e organizações internacionais, sendo formalmente admitida na Internacional Socialista em 1972.
Foi o embrião do futuro Partido Socialista.
No dia 19 de Abril de 1973, na cidade alemã de Bad Munstereifel, militantes da Acção Socialista Portuguesa idos de Portugal e de diversos núcleos no estrangeiro, reunidos em Congresso, aprovam, por 20 votos a favor e 7 contra, a transformação da ASP em Partido Socialista. Finda a votação, todos os congressistas aplaudiram de pé a deliberação. Eram 18 horas.
Representação dos fundadores do Partido Socialista presentes no congresso da fundação, em Bad-Münstereifel.
1) Fernando Borges; 2) Liberto Cruz; 3) José Neves; 4) Carlos Queixinhas; 5) Jorge Campinos; 6) António Arnaut; 7) Maria Barroso; 8) José Maria Roque Lino; 9) Rui Mateus; 10) Fernando Valle; 11) Mário Soares; 12) Carlos Carvalho; 13) Francisco Ramos da Costa; 14) Fernando Loureiro; 15) Catanho de Menezes; 16) Bernardino Gomes; 17) António Gomes Pereira; 18) Gustavo Soromenho; 19) Lucas do Ó.
Ausentes desta foto: Alberto Arons de Carvalho; Francisco Seruca Salgado e Manuel Alfredo Tito de Morais.
Esta lista, com a respectiva ordem de precedência, foi elaborada em 1977 por Manuel Tito de Morais e Catanho de Menezes, nomeados para o efeito pela Direcção do P.S. Foram-lhe posteriormente acrescentados alguns nomes de militantes que entretanto haviam saído do PS. Todos eles figuram na lápide colocada à entrada da Sede Nacional do P.S. e inaugurada no 25º aniversário da fundação do Partido
António Macedo
Mário Soares Tito de Morais Francisco Ramos da Costa Francisco Salgado Zenha José Magalhães Godinho Gustavo Soromenho Raúl Rego Joaquim Catanho de Menezes Teófilo Carvalho dos Santos José Ribeiro dos Santos Vasco da Gama Fernandes Mário Cal Brandão Fernando Valle Álvaro Monteiro Albano Pina Herculano Pires António Carlos Campos António Arnaut Fernando Antunes Costa Maria de Jesus Barroso Arnaldo Cândido Veiga Pires José Neves Maria Emília Tito de Morais Carlos José Queixinhas Gil Francisco Ferreira Martins Áurea Rego Manuel da Costa Melo Francisco Tinoco de Faria Augusto Sá da Costa Júlio Montalvão Machado Manuel Belo Luís Nunes da Ponte Fernando Loureiro João Sarmento Pimentel Francisco Sarmento Pimentel Pedro Coelho Armando Nunes Diogo Artur Cunha Coelho |
Alfredo Barroso
Jaime Gama José Luís Nunes Rui Mateus Carlos Candal Alfredo Carvalho Fernando Grade Silvestre Sebastião Dantas Baracho José Emídio Figueiredo Medeiros Fernando Raposo Eduardo Ralha Carlos Torres d’Assunção Firmino Silva Abílio Mendes Luís Roseira Manuel Cabanas Alberto Arons de Carvalho Joaquim Lourenço Gago Alfredo Costa Azevedo Inácio Peres Fernandes Paulo de Lemos Adelino Cabral Júnior Luís Castro Caseiro Alberto Oliveira e Silva António Coimbra Martins Armando Cardoso Meireles João Manuel Tito de Morais Vítor Cunha Rego Manuel Tito de Morais Rodolfo Crespo Dino Monteiro Manuel António Garcia Carlos Carvalho Maria Carolina Tito de Morais P. de Oliveira Augusto Pereira de Oliveira Beatriz Cal Brandão Joaquim Rocha e Silva António Santos Cartaxo Júnior Jorge Campinos |
Armando Soares
Luís Gaspar da Silva José Tiago de Oliveira João da Costa Neves Olindo Figueiredo Júlio Carrapato Fernando A. Borges Mário Mesquita Nuno Godinho de Matos José Maria Roque Lino Dieter Dellinger Francisco Marcelo Curto Maria Teresa Cunha Rego Francisco Seruca Salgado Mário Sottomayor Cardia António Reis Armando Bacelar Bernardino Carmo Gomes Liberto Cruz Manuel Pedroso Marques Jaime Vilhena de Andrade José Rabaça Lafayette Machado Eduardo Jorge Santiago Campelo Joaquim António Calheiros da Silveira António Paulouro António Neves Gonçalves Álvaro Guerra João Gomes Augusto Duarte Roseira João Lima José Leitão Francisco de Barros Calhapuz Maia Cadete Carlos Alberto Novo António G. Pereira Lucas do Ó |
1973 | 1986
Mário Soares |
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1986 | 1989
Vítor Constâncio |
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1989 | 1992
Jorge Sampaio |
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1992 | 2002
António Guterres |
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2002 | 2004
Eduardo Ferro Rodrigues |
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2004 | 2011
José Sócrates |
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2011 | 2014
António José Seguro |
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2014 | 2023
António Costa |
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2023 | Presente
Pedro Nuno Santos |
1973 | 1986
António Macedo |
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1986 | 1989
Manuel Tito de Morais |
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1989 | 1992
João Ferraz de Abreu |
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1992 | 2011
António de Almeida Santos |
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2011 | 2014
Maria de Belém Roseira |
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2014 | presente
Carlos César |
1986 | 1989
António Macedo |
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1989 | 1999
Manuel Tito de Morais |
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2011 | 2016
António de Almeida Santos |
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2016 | 2018
António Arnaut |